Morreu o maestro Wolfgang Sawallisch (1923-2013)

A Ópera do Estado da Baviera recorda a "profunda marca" de Sawallisch, que era maestro honorário da Sinfónica de Filadélfia e da NHK, de Tóquio

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Sawallisch frente ao teatro de ópera de Hanói, Vietname, em 1999 Frederik Balfour/AFP

Era um dos maiores maestros alemães, tendo dirigido algumas das mais importantes orquestras do mundo. Wolfgand Sawallisch, que nasceu em Munique em 1923, morreu esta sexta-feira aos 89 anos, anunciou este domingo a Bayerische Staatsoper, a Ópera do Estado da Baviera, da qual foi director durante duas décadas.

Segundo o site da revista alemã Der Spiegel, que avançou a notícia, o maestro e pianista morreu ao fim da tarde na sua casa, em Grassau, na Alta Baviera, e foi transportado domingo para Munique. "A Ópera do Estado da Baviera está profundamente triste", fez saber a instituição num comunicado assinado pelo actual director, Nikolaus Bachler, citado pelo diário francês Le Monde.

"Durante anos, a sua arte fora do comum e a sua personalidade assinalável deixaram uma profunda marca na nossa instituição. O seu nome, como o de nenhum outro, está ligado à ópera de Munique e ainda hoje se sente a sua influência", prossegue Bachler.

Bachler fez ainda saber que o Réquiem de Verdi que a Bayerische Staatsoper interpretará na segunda-feira com direcção do maestro indiano Zubin Mehta será dedicado a Sawallisch.  

Sawallisch começou a sua carreira como maestro em Augsbourg após completar os seus estudos em Munique. Tornou-se depois director de orquestras de ópera em Aix-la-Chapelle, Wiesbaden e Colónia. En 1953 estreou-se à frente da Filarmónica de Berlim e, nos anos seguintes (1957-1962) dirigiu várias obras de Richard Wagner no prestigiado festival de Bayreuth, onde, com Tristão e Isolda, em 1957, se tornou no mais jovem maestro participante de sempre. 

Ainda na década de 1960, Sawallich tornou-se director musical geral em Hamburgo (1960 à 1970), tendo ainda, na mesma altura, estado à frente da Sinfónica de Viena. Foi já como director musical geral que voltou a Munique em 1971, chegando com o mesmo título à Bayerische Staatsoper dez anos depois, onde esteve em funções até 1992. No ano seguinte, e durante outros dez, foi director musical da Orquestra Sinfónica de Filadélfia, uma das cinco orquestras mais prestigiadas dos Estados Unidos, cargo que deixou por motivos de saúde. 

A partir daí, Sawallisch foi fazendo concertos pontuais tanto em Filadélfia como no Carnegie Hall, de Nova Iorque, acabando por se afastar definitivamente em 2006. Até à morte foi maestro honorário tanto da Orquestra de Filadélfia como da Sinfónica NHK, de Tóquio. 

 

 

 

 

 
 
 
 

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