Menção especial para João Viana em Berlim

A Batalha de Tabatô, de João Viana, recebeu este sábado em Berlim uma menção especial na categoria de melhor primeira obra.

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DR

Esta longa-metragem é a primeira de Viana, com larga carreira de assistente de realização (colaborou, por exemplo, com Paulo Rocha) e algumas curtas no currículo (das quais a primeira, A Piscina, deu a volta ao mundo).

A Batalha de Tabatô funciona em díptico com a curta apresentada na competição oficial – Tabatô – e, tal como esta, tem a acção centrada na aldeia guineense com o mesmo nome e na sua relação com o quotidiano político que a rodeia. Tabatô é muito especial por causa do peso que nela tem a música e os músicos. 

É neste filme com muitos elementos de documentário que ficamos a conhecer Fatu, uma professora universitária, o seu marido, um músico bem conhecido, e o pai dela, um ex-combatente na guerra colonial que regressa à Guiné Bissau para o casamento da filha. 

Esta narrativa pós-colonial de Viana foi exibida na secção Forum, dedicada a áreas mais experimentais (onde também esteve Terras de Ninguém, de Salomé Lamas). Tabatô, a curta, não recebeu qualquer prémio.

João Viana, que é filho de portugueses mas nasceu em Angola em 1966, tornou-se realizador por convicção. Formado em Direito na Universidade de Coimbra, estudou cinema no Porto e acabou a trabalhar com importantes cineastas nacionais e estrangeiros, como Manoel de Oliveira, Seixas Santos, César Monteiro e Werner Schroeter. 
 

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