Kelly Clarkson tem um anel de Jane Austen mas não o pode levar para casa

A cantora americana comprou um anel que pertenceu a Jane Austen, mas o Governo britânico não quer que a peça saia do país.

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O anel de Jane Austen é "simples mas elegante", segundo o ministro da cultura britânico DR

Kelly Clarkson comprou num leilão um anel de Jane Austen, mas o ministro da Cultura britânico impôs uma proibição temporária à exportação da peça e por agora a jóia não pode deixar o país. O Governo apela a potenciais compradores britânicos para que adquiram o anel.

A proibição colocada pelo Governo impede que o anel deixe o Reino Unido até 30 Setembro. A ideia é que até lá algum comprador britânico consiga reunir o valor de 150 mil libras (170 mil euros),  preço que Kelly Clarkson pagou pela peça. Se até lá se provar que alguma entidade tem a intenção de angariar fundos para adquirir a jóia, a interdição pode estender-se até 30 de Dezembro. “Espero que um comprador do Reino Unido avance para que este anel simples mas elegante fique neste país”, disse Ed Vaizey, ministro da Cultura do Reino Unido.

Simples, de ouro e com uma pedra azul turquesa, o verdadeiro valor do anel está em ser uma das três peças de joalharia que pertenceram à autora do século XIX. “A vida modesta de Jane Austen e a sua morte prematura [aos 41 anos] fazem com que os objectos que lhe pertenceram sejam extremamente raros”, acrescentou o ministro. “Jane Austen é uma das nossas grandes escritoras e um tesouro nacional. Penso que as pessoas sentem isso”, disse ainda à radio da BBC.

Até agora o anel pertenceu à família da autora de Orgulho e Preconceito, mas a cantora americana, criada no Texas e que saltou para a fama em 2002 com a vitória do concurso America Idol, comprou-o num leilão.

Kelly Clarkson tem-se mostrado fã da escritora oitocentista e do seu anel. A BBC escreveu que a cantora tem usado uma réplica do anel em situações como tomada e posse do presidente Obama.

O poder de manter uma peça de interesse nacional no Reino Unido, privilegiando a sua aquisição por entidades britânicas, foi usado pelo governo outras três vezes na semana passada: nas 232 cartas de James Wolfe, herói da guerra do Quebeque no século XVIII, num carro de corrida dos anos 30 e num conjunto de documentos que retratam uma expedição britânica do século XIX ao Norte da Austrália.
 

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