Jeronimo Pizarro abre esta noite festival Literatura em Viagem

O que fazer quando tudo arde? foi o mote escolhido para um programa que cruza literatura e política.

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Jeronimo Pizarro, investigador colombiano especialista em Pessoa Miriam Lago/Arquivo

A sétima edição do festival Literatura em Viagem (LeV) inicia-se sexta-feira, nos Paços do Concelho de Matosinhos, com uma conferência do pessoano Jeronimo Pizarro, que assinalará os 125 anos do nascimento de Fernando Pessoa. Intitulada Cacilhas fica noutro continente?, a palestra deste investigador colombiano, que recebeu no final do mês passado o Prémio Eduardo Lourenço de 2013, irá ser seguida de uma dramatização do poema Opiário, de Álvaro de Campos, com encenação de Luísa Pinto e interpretação de João Costa.

Teolinda Gersão, José Rentes de Carvalho, Valter Hugo Mãe, o ex-secretário de Estado da Cultura Francisco José Viegas, a viúva de José Saramago, Pilar del Río, o poeta João Luís Barreto Guimarães, ou o ficcionista Nuno Camarneiro, vencedor do Prémio Leya 2002, são alguns dos 25 convidados do LeV deste ano, que levará ainda a Matosinhos dois autores estrangeiros: a romancista e música alemã Christiane Rösinger e o poeta romeno Lucian Vasilescu.

Propondo como mote a frase O que fazer quando tudo arde?, adaptada do final de um verso de Sá de Miranda, o programa deste LeV é marcadamente político e pretende interrogar “o papel da literatura na redefinição de um país”, num momento em que “Portugal necessita de pensar o seu futuro (…) na Europa e no espaço lusófono”. Às várias mesas-redondas que decorrerão durante o fim-de-semana – e que têm, também elas, títulos de inspiração literária, como Viagem ao Centro do Futuro ou Europa em Tempos de Cólera – será pedido que sugiram caminhos que possam ser trilhados por “um país prestes a começar uma nova viagem”. 

Descontada a sessão inaugural, o festival decorre na Biblioteca Municipal Florbela Espanca, onde já sábado de manhã, pelas 11h, Pilar del Río, Jeronimo Pizarro, Valter Hugo Mãe e Alexandre Honrado, moderados por Joel Cleto, debaterão o iberismo. À tarde, mais duas mesas-redondas, a primeira, Portugal do nosso descontentamento, com Eduardo Pitta, José Rentes de Carvalho, Francisco José Viegas e Pedro Vieira; a segunda, Viagem ao Centro do Futuro, com Júlio Magalhães, Alberto Santos, Fernando Pinto do Amaral e o escritor, cineasta e artista plástico Afonso Cruz, que inaugurará duas exposições no festival: Viagem pela Literatura Portuguesa, um conjunto de ilustrações que o artista levou recentemente à Feira Internacional do Livro de Bogotá, e O Livro do Ano, que reúne algumas das imagens criadas para a obra homónima, recentemente editada pela Alfaguara. <_o3a_p>

O programa de sábado termina com uma noite de homenagem a Carlos Tê, que incluirá uma conversa com o letrista, momentos musicais e intervenções de amigos, como Luís Represas, Manuela Azevedo ou Vítor Baía.<_o3a_p>

Os debates são retomados no domingo à tarde, com uma sessão, às 15h30, em torno da língua portuguesa e da lusofonia – A língua portuguesa é uma festa –, na qual participarão o poeta João Luís Barreto Guimarães, a autora de livros para crianças Carla Maia de Almeida, o ensaísta Onésimo Teotónio de Almeida e a romancista Teolinda Gersão. <_o3a_p>

Na quinta e última mesa-redonda, Europa em tempos de cólera, marcada para as 17h30, Christiane Rösinger e Lucian Vasilescu conversarão com os ficcionistas portugueses Manuel Jorge Marmelo, Nuno Camarneiro e Miguel Miranda sobre a possibilidade de podermos “estar na antecâmara de um conflito Norte/Sul”, assistindo ao “fim do sonho europeu”. <_o3a_p>

 

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