Grande Prémio do Curtas Vila do Conde para Carosello, do português Jorge Quintela

O principal prémio da 21.ª edição do Festival Internacional foi atribuído a uma coprodução luso-italiana realizada por Jorge Quintela.

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Carosello venceu o principal prémio do festival DR

Carosello tornou-se, assim, no segundo filme português a alcançar o Grande Prémio Cidade de Vila do Conde, atribuído ao melhor filme em competição internacional, depois de em 2006 o galardão ter sido atribuído a Rapace, de João Nicolau.

Jorge Quintela nasceu no Porto, em 1981, formou-se em Fotografia e Audiovisual na Escola Superior Artística do Porto (2003), e desde 2004 trabalha regularmente em cinema como director de fotografia de curtas e longas-metragens.

Em 2010, Quintela realizou um filme documentário sobre o músico Legendary Tigerman, On The Road To Femina, que estreou no festival IndieLisboa 2010, e realizou o filme Ausstieg, que recebeu uma Menção Honrosa na  competição experimental do festival de Vila do Conde daquele ano.

Na competição nacional do Curtas Vila do Conde de 2013, o Prémio BPI foi atribuído a Rei Inútil, o filme de estreia de Telmo Churro como realizador.

Nascido em Lisboa, em 1977, Telmo Churro estudou cinema na Escola Superior Artística do Porto e na Escola Superior de Teatro e Cinema, em Lisboa, na área de montagem. Trabalha em cinema desde 2000, como montador, assistente de realização, anotador e argumentista.

Para além da competição nacional, Rei Inútil venceu também o Prémio Canal +, que consiste na aquisição dos direitos de exibição de um filme português para aquele canal de televisão francês.

Gambozinos, de João Nicolau, foi também distinguido com uma menção honrosa pelo júri da secção Curtinhas, que elegeu Room on the Broom, de Max Lang e Jan Lanchauer, como vencedor do prémio de melhor filme desta competição, eleito por um grupo de 15 crianças com idades entre os 6 e os 12 anos.

Para Miguel Dias, da organização do Curtas Vila do Conde, o facto de o palmarés da 21.ª edição do festival colocar em evidência a produção portuguesa é revelador da qualidade do programa apresentado na competição nacional.

Ainda segundo Miguel Dias, mesmo depois de um "ano zero” em termos de apoios oficiais, que resultou numa redução drástica do número de filmes produzidos em Portugal com financiamento, a competição nacional do Curtas Vila do Conde não se ressentiu, tendo sido mesmo possível assistir a um equilíbrio de filmes realizados por autores já consagrados a par de alguns nomes revelação.

“No entanto, importa sublinhar que só foi possível manter esta qualidade e quantidade de filmes apresentados graças às produções de filmes que já vinham de anos anteriores e que só agora foram terminadas; à produção de filmes potenciados por eventos como Guimarães 2012, ou o projecto Estaleiro e, noutros casos, graças ao trabalho empenhado e dedicado, mas não remunerado, de jovens técnicos, actores e realizadores”, sublinhou este membro da direcção do festival.

Perante este cenário, “a manter-se a falta de apoios em anos posteriores, poderá estar em causa o futuro de inúmeros autores e técnicos talentosos que aqui mostraram o resultado do seu trabalho”, alertou Miguel Dias.

No 21º. Curtas Vila do Conde foram ainda atribuídos galardões como o Prémio Animação, para Gloria Victoria, de Theodore Ushev (Canadá), o Prémio Documentário para Buenos Dias Resistencia, de Adrián Orr (Espanha), e o Prémio Ficção para Soft Rain, de Dénes Nagy (Hungria/Bélgica).

Do festival saiu a nomeação do filme Cut, de Christoph Girardet e Matthias Mueller (Alemanha), para os Prémios do Cinema Europeu, na categoria de curta-metragem, organizados anualmente pela European Film Academy.

O Prémio Experimental foi para I Am Micro, de Shai Heredia e Shumona Goel (Índia), e várias outras películas receberam menções honrosas, como The Smortlybacks, de Ted Sieger e Wouter Dierickx (Suíça/China), e Nyuszi És Öz, de Péter Vácz (Hungria).

 
 

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