A Orquestra Filarmónica de Viena vai receber o prémio Birgit Nilsson, no valor de um milhão de dólares (cerca de 723 mil euros), atribuído pela fundação criada pela soprano sueca no final da sua vida. A orquestra de Viena acompanhou a cantora, que morreu em 2005, em muitos dos seus discos mais célebres, incluindo a clássica gravação da saga wagneriana do Anel do Nibelungo, dirigida por Georg Solti com Nilsson a interpretar Brunilda.

Sublinhando os “incontáveis cumes musicais” da carreira da soprano, a formação vienense decidiu mesmo, por votação unânime, nomeá-la, em 1999, membro honorário da orquestra. A Fundação Birgit Nilsson retribuiu agora a gentileza, atribuindo à orquestra, em reconhecimento pela “extraordinária contribuição” que deu à ópera ao longo de 172 anos, aquele que é o mais valioso prémio no domínio da música clássica.

É apenas a terceira vez que a Fundação Birgit Nilsson entrega este prémio – a Orquestra Filarmónica de Viena recebê-lo-á formalmente no dia 8 de Outubro – desde 2009, quando foi atribuído a Plácido Domingo. Em 2011, foi a vez do maestro Ricardo Muti.

Rutbert Reisch, presidente da fundação, elogiou a escolha, agora, da Filarmónica de Viena, afirmando que esta é um exemplo de todas as qualidades que Nilsson prezava: dedicação total, os mais elevados padrões artísticos e uma grande versatilidade”.

Clemens Hellsberg, presidente da orquestra vienense, diz que esta “reverenciava e amava” a soprano, e que se sentiu muito grata por se ver “honrada com um prémio que tem o seu nome”. Hellsberg acrescentou que irá revelar o destino que irá ser dado ao dinheiro do prémio em Outubro, quando viajar para Estocolmo para a cerimónia de entrega, que contará com a presença do casal real sueco.