Estas fotos de Beyoncé comprometem a sua imagem?

Uma revista digital publicou fotos de Beyoncé, em palco, pouco convencionais. Os assessores de imprensa da cantora não gostaram.

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Algumas das imagens publicadas pelo site BuzzFeed DR
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É unânime que Beyoncé foi electrizante, domingo, na actuação no intervalo da Super Bowl (a final do campeonato de futebol americano, com uma audiência de milhões só nos EUA), mas mesmo assim não se livra da polémica. Depois de, no final, ter anunciado que iria fazer uma digressão mundial este ano, pareciam definitivamente feitas as pazes com a América e superado o recente episódio do playback na cerimónia de posse de Barack Obama.

Mas no rescaldo da sua actuação regressa a celeuma. Primeiro falou-se da utilização de peles nas roupas vestidas. E agora qual é razão do alvoroço? O site BuzzFeed, conhecido por criar notícias com algum humor, resolveu fazer uma compilação de fotos da sua actuação no Super Bowl, à qual deu o nome de “Os 33 momentos mais ferozes do show de Beyoncé”, onde há algumas fotos que nos devolvem a cantora sensual e poderosa que nos habituámos a ver e outras uma figura com esgares e expressões, digamos assim, menos harmoniosas. Até aqui nada de mais. É fácil, em qualquer situação, quanto mais num concerto, tirar fotos de momentos insólitos desses. Mas por norma essas fotos ficam na gaveta. Desta vez isso não aconteceu.

E os assessores de imprensa de Beyoncé não gostaram. Na terça-feira, o site recebeu um email, requerendo a destruição imediata de todas as fotos que mostravam, na sua visão, Beyoncé pouco favorecida, alegando que a qualidade das imagens não beneficiava em nada a cantora. “Estamos certos que têm melhores fotografias”, concluíam.

Pode acontecer em espectáculos semelhantes os artistas imporem restrições na captação de fotografias. Nos concertos, por exemplo, é usual serem fotografados os artistas apenas durante as duas ou três primeiras canções, diz-nos Ivone Lourenço da promotora Música no Coração. Também muitas vezes lhes são impostas condicionantes de distância. Daniel Rocha, fotógrafo do PÚBLICO, dá o exemplo de Madonna, que só se deixa fotografar em concertos a um mínimo de 30 metros de distância.

Por norma os artistas mais conhecidos são os mais cautelosos. Antes dos concertos pedem à entidade organizadora a lista de órgãos de comunicação creditados. Alguns desejam ter direito de opção sobre as fotografias que irão ser publicadas. E outros levam fotógrafo oficial próprio, sendo esse o único autorizado a tirar fotos, sendo depois distribuídas pela imprensa. Como é evidente, trata-se de tentar controlar a sua imagem, o que é cada vez mais difícil num universo onde toda a gente fotografa tudo.

Mas a partir do momento em que não existem quaisquer condicionantes acordadas entre o artista e quem fotografa, não há qualquer controlo sobre o que vai ser publicado. “A partir daí é com a linha editorial dos respectivos órgãos de comunicação. Haverá fotografias que farão sentido segundo uma linha editorial e outras não. Depende”, diz-nos Daniel Rocha. No caso do BuzzFeed parece certo que as fotos se enquadram na linha editorial da publicação digital, com os seus responsáveis a argumentarem que quiseram apenas realçar o vigor da sua actuação. Mas, claro, depende de quem olha. 
 
 
 
 
 

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