Segundo avança o Independent, as editoras multinacionais temem que o desaparecimento das grandes lojas, como a HMV, das principais ruas das cidades, limitará os canais de distribuição a hipermercados e a lojas online, o que provocará uma acentuada baixa de preços.

A semana passada a cadeia de lojas HMV declarou falência e essa notícia, a par do anúncio do encerramento da megastore da Virgin em Paris, chegou como o anúncio do fim de uma era, a das grandes cadeias de venda de música e cinema em DVD como centros destacados do comércio urbano. Domingo, porém, foi noticiado que a HMV poderá ser salva. E que entre os seus salvadores estarão editoras multinacionais, gigantes do entretenimento, como a Universal Music, a Warner Music e a Sony Music.

O jornal britânico The Independent adianta que as editoras estão dispostas a oferecer à HMV condições de crédito generosas e a baixar o preço de CD e DVD de forma a manter a cadeia presente nas principais avenidas das cidades. Segundo o jornal, as multinacionais temem que o desaparecimento de lojas como a HMV reduza perigosamente as possibilidades de distribuição a hipermercados e ao mercado online, que competirão entre si através de prática de preços cada vez mais baixos.

A HMV, fundada em 1921, emprega 4100 trabalhadores, divididos por 223 lojas. Após o anúncio de falência, encontra-se sob administração da Delloite. Esta afirma existirem cerca de 50 interessados na cadeia, entre os quais empresas como a Game, personalidades como o apresentador televisivo Jonathan Ross ou o grupo Hilco, que já detém a HMV Canadá, adquirida após a sua falência em 2011 e hoje recuperada. É precisamente a Hilco, afirma a imprensa britânica, que lidera a corrida à aquisição da HMV.