Detido suspeito de ter destruído exemplares do Diário de Anne Frank

Mais de 300 livros do diário da jovem alemã judia foram destruídos em bibliotecas públicas de Sugimani, Japão.

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Mais de 300 exemplares do diário foram danificados JIJI PRESS/AFP

A polícia japonesa deteve nesta sexta-feira um homem suspeito de ter destruído exemplares do Diário de Anne Frank em bibliotecas públicas, arrancando páginas dos livros e de obras biográficas sobre a jovem alemã judia vítima do Holocausto.

O homem detido tem 36 anos, está desempregado e vive em Tóquio. “O suspeito terá entrado nas bibliotecas nos arredores de Sugimani a 5 de Fevereiro e arrancou páginas de livros sobre Anne Frank”, indica a polícia em comunicado, citado pela AFP.

O homem reconheceu os factos, mas continua a ser interrogado para se apurar quais as suas motivações e se destruiu outras obras além das ligadas a Frank.

Mais de 300 exemplares do Diário de Anne Frank foram vandalizados no mês passado. A maioria das obras estava disponível em 11 das 13 bibliotecas públicas do município de Sugimani. Pouco depois, a embaixada de Israel no Japão ofereceu exemplares da obra da jovem alemã para substituir os exemplares destruídos.

A imprensa japonesa noticiou em Fevereiro que foram também registados danos em obras com memórias de Chiune Sugihara, cônsul japonês em funções nos países bálticos durante a Segunda Guerra e que ajudou vários judeus a fugir aos campos de concentração criados pelo regime de Adolf Hitler.

Diário de Anne Frank foi publicado pela primeira vez em 1947. O livro é o relato quase diário dos dois anos em que a jovem de 15 anos viveu escondida num anexo de um edifício em Amsterdão, Holanda. A família acabou por ser descoberta e deportada para campos de concentração. Anne Frank morreu no campo de Bergen-Belsen, em 1945.

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