António Costa procura outra vez parceiros para construir projecto de Niemeyer

O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, anunciou, uma vez mais, que vai procurar parceiros para acabar de construir o projecto oferecido nos anos 90 por Oscar Niemeyer para a sede da Fundação Luso-Brasileira, em Chelas

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António Costa fotografado em Lisboa Nuno Ferreira Santos

De viagem ao Brasil, onde assistiu às cerimónias fúnebres de Niemeyer, que morreu na quarta-feira, o autarca afirmou à agência Lusa que “não há melhor forma de homenagear um arquitecto do que executar a sua obra”.

 

Passaram três anos desde que António Costa disse pela primeira vez ao PÚBLICO que estava interessado em dar sequência à obra, que parou em 1999, antes de a empreitada chegar sequer a meio, por falta de verbas. O projecto previa um edifício-sede, um anfiteatro, uma zona comercial, espaços para exposições e uma biblioteca, além de um instituto para formação de quadros dos países lusófonos. Mas desde aí nada aconteceu – apesar de o município ter garantido andar à procura de “entidades nacionais e brasileiras” para “estabelecer uma parceria” que permitisse a conclusão da obra.

Nesta sexta-feira, o presidente da Câmara de Lisboa disse uma vez mais esperar “que seja possível mobilizar, entre portugueses e brasileiros, as forças necessárias para que a obra possa ser concluída”.

“O fortalecimento das relações económicas entre Portugal e o Brasil abre uma possibilidade grande de termos um centro empresarial em Portugal associado às valências culturais”, observou António Costa, que aposta na auto-sustentabilidade do projecto.

“Depois de uma conversa com a viúva de Oscar Niemeyer, sinto-me mais motivado do que nunca para procurar concretizar este sonho, porque percebi que todos gostariam muito de ver esta obra sair da fase de projecto”, acrescentou. Na opinião do autarca, “a grande homenagem que se poderia fazer a essa grande figura que foi Oscar Niemeyer seria deixar uma marca duradoura desta relação, vendo esta obra retomada e concluída. E vê-la acolher um centro empresarial brasileiro ou um centro de cultura brasileira”. “Para Lisboa, seria uma grande honra”, salientou.
 
 

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