Alemã Johanna Benz vence Ilustrarte 2014

Seis ilustradores portugueses seleccionados entre cerca de dois mil participantes. Exposição é inaugurada a 16 de Janeiro, no Museu da Electricidade.

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As imagens vencedoras contam a história do acordeonista Pacho Rada, um célebre músico popular colombiano Johanna Benz
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Johanna Benz
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Uma das menções especiais foi para a ilustradora polaca Urszula Palusinska Urszula Palusinska
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O ilustrador argentino Diego Bianki também foi distinguido pelo júri Diego Bianki

A VI Bienal Internacional de Ilustração para a Infância – Ilustrarte elegeu os trabalhos da alemã Johanna Benz como os melhores de entre os 1980 ilustradores a concurso nesta edição. Até ao final de Outubro, chegaram ao Museu da Electricidade, Lisboa, ilustrações de 72 países.

O maior número de participantes teve origem em Portugal (391), Itália (309) e Espanha (241), seguindo-se Irão (139), França (121) e Polónia (83), informa ao PÚBLICO Eduardo Filipe, comissário da Ilustrarte em conjunto com Ju Godinho.


As duas menções especiais foram para o ilustrador argentino Diego Bianki e para a ilustradora polaca Urszula Palusinska. O júri teve mais uma vez dificuldade na selecção dos premiados, “pela elevada qualidade dos trabalhos a concurso e pelo elevado número de participantes”.
As imagens eleitas contam a história do acordeonista Pacho Rada, um célebre músico popular colombiano. “São imagens de grande originalidade e força plástica, uma verdadeira festa de cor, editadas em livro pelo prestigiado Instituto das Artes do Livro de Leipzig”, divulga o júri, constituído por Chiara Carrer (ilustradora italiana), Carll Cneut (ilustrador belga), Valerio Vidali (ilustrador italiano, vencedor da última Ilustrarte) e Ewa Stiasny (editora e designer polaca).


Os trabalhos vencedores pertencem a um livro que conta a história do naufrágio de um barco cheio acordeões, ao largo de Hamburgo. A legenda da figura com acordeonistas que aqui se reproduz remete para a contradição entre a atitude rígida da Alemanha perante a aprendizagem da música e a forma mais descontraída de fruição e desempenho artístico da Colômbia.
Eis o texto enviado pela própria ilustradora como legenda: “Não se esqueça: uma correcta postura é condição indispensável para tocar de forma exemplar.” A que se segue a explicação: “Na primeira metade do século XXI, a empresa Hohner produziu acordeões e publicou, tal como muitos outros fabricantes de instrumentos, manuais com regras muito estritas. Quantas crianças e adultos conheci eu que aprenderam, em escolas de músicas alemãs, a tocar um instrumento segundo regras deste género! A peculiar rigidez desses métodos de ensino faz um belo contraste com a impetuosa música de Pacho Rada, cujo grande sucesso e forma antiortodoxa de tocar não ficou a dever a mais ninguém senão ao Diabo.”


Os ilustradores nacionais seleccionados (e que irão integrar a exposição da bienal, a inaugurar no dia 16 de Janeiro de 2014 no Museu da Electricidade em Lisboa) são Ana Ventura, André da Loba, Bernardo Carvalho, João Vaz de Carvalho, Marta Monteiro e Teresa Lima.

 
 
 
 

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