A Pequena Sereia de Copenhaga tem finalmente um companheiro

Foto
Obra de Michael Elmgreen e Ingar Dragset ficará a 40 quilómetros da Pequena Sereia Foto: Jens Nørgaard Larsen/Scanpix Denmark/AFP

A icónica estátua da Pequena Sereia, um dos ex-libris de Copenhaga criado à imagem do conto de Hans Christian Andersen, vai finalmente ter um companheiro: um rapaz esculpido em aço inoxidável que dá pelo nome de Han.

Han representa um rapaz sentado numa rocha, tal como a sua famosa companheira dinamarquesa que se deu a conhecer ao mundo em Agosto de 1913 (no próximo ano comemorará um século).

A nova estátua tem uma característica que a deverá transformar num magneto para os turistas: às horas certas - e com a ajuda de um mecanismo hidráulico - os olhos do rapaz piscarão uma única vez.

A estátua de Han - que será oficialmente descerrada amanhã à tarde num evento público - ficará instalada a cerca de 40 quilómetros de distância da sua companheira, na cidade de Elsinore (norte de Copenhaga).

A escultura foi criada pela dupla Elmgreen & Dragset, um duo de artistas que assinou recentemente uma criação escultórica que adorna a central praça londrina de Trafalgar Square. Esta dupla, formada em 1995, tem ateliers em Berlim e Londres.

Sobre a sua obra, Michael Elmgreen referiu que foi um desafio, tratando-se de uma escultura exterior. “Criar uma obra escultórica que será instalada num espaço público é bastante diferente de criar uma obra para um museu. Os visitantes que entram num museu já se prepararam para a experiência visual; ao passo que uma audiência fora de um museu não pediu propriamente para ter uma experiência artística - e isto é importante na hora de um artista produzir uma escultura pública. Ela tem de comunicar a todos os níveis”, disse Elmgreen citado num comunicado conjunto do seu próprio atelier e da Agência Dinamarquesa para a Cultura.

De acordo com o mesmo comunicado, a estátua de Han - tal como a sua “companheira” de Copenhaga, que iguala em dimensões - representa a diferença, a solidão moderna e a vontade de se abandonar a própria pele em busca do amor e de uma alma, tal como na história de Hans Christian Andersen.

Sugerir correcção
Comentar