A ladra da Amazon

A Amazon quer ser a loja que vende tudo ao mundo inteiro mas parece desconhecer os princípios básicos do comércio. Aqui há uns anos a Amazon.co.uk deixou de cobrar custos postais em encomendas iguais ou superiores a 25 libras.

Foi uma grande melhoria que levava a mais compras, já que muitas vezes comprava-se mais um livro ou dois para chegar às 25 libras.

Ontem mandaram-me um email a dizer que deixa de existir a entrega grátis para Portugal e para outros países europeus. Agora passam a cobrar – e selvaticamente – as entregas.

Rompe-se assim o princípio comercial número um: quando se cobra um serviço e depois se deixa de cobrá-lo não se volta a cobrá-lo de um dia para o outro.

A Bookdepository.co.uk foi a primeira livraria a oferecer o correio (para o mundo inteiro, fosse qual fosse a despesa). A Amazon primeiro imitou-a e depois, em 2011, comprou-a.

Por enquanto a Book Depository continua a não cobrar o correio, mas atendendo à duplicidade dos novos patrões os livros lá são mais caros e levam mais tempo a chegar.

Os novos encargos postais são caros e complicados. Comprando um livro que custe 5 euros e pese 1 quilo paga-se 6,40 pelo envio mais 1,10 pelo peso. O livro acaba por sair a 12,50 euros, dos quais 7,5 euros foram para o correio. Caso se queira o livro mais depressa o envio custa 19.99 euros mais 3.99 euros por livro: 24 euros!

É uma vergonha, uma deslealdade e uma roubalheira. É também uma rajada de metralhadora nos pés.

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