Qual será a cor do mar marciano?

Conhecido como “planeta vermelho” (esperemos que a Comissão Nacional de Eleições não veja aqui qualquer apelo ao sentido de voto), Marte define-se como “planeta primário exterior do sistema solar, entre a Terra e Júpiter, menor que a Terra, com dois satélites (Deimos e Fobos) e que faz uma rotação completa em 24 horas, 37 minutos e 23 segundos, e uma translação em torno do Sol em um ano e 322 dias médios, aproximadamente”.

O dicionário não poderia adivinhar que há “mar” em Marte, já que esta informação foi revelada apenas na passada segunda-feira. “Cientistas da NASA anunciam descoberta de água salgada a escorrer em Marte”, foi título de notícia no PÚBLICO. Aí se dava conta de um artigo publicado na revista Nature Geoscience: “Uma equipa de cientistas descobriu a existência actual de água salgada que escorre sazonalmente na superfície do planeta vermelho (…) Esta conclusão é o resultado de análises de estrias escuras descobertas em 2011, que surgem e desaparecem todos os anos, e tem implicações para a procura de vida em Marte.” Mas não se fala nos tons desse possível mar.

Hoje, num canto do “planeta azul” (esperemos que a Comissão Nacional de Eleições não veja aqui qualquer apelo…), decide-se a cor, não do mar, mas do país que o Atlântico rodeia a ocidente e a sul.

A política também tem cor. Se o resultado não agradar aos derrotados, poderão sempre começar a considerar Marte como um novo destino de emigração (esperemos que a Comissão Nacional de Eleições não veja aqui...). 

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