Produzir a sua própria energia. Compensa?

Um novo decreto-lei incentiva a que os consumidores produzam a sua própria energia a partir de energias renováveis, em particular a solar.

O processo foi lento — o diploma demorou cerca de um ano a ficar concluído — mas, desde 20 de janeiro que o novo Dec. Lei do autoconsumo está em vigor. Este Dec. Lei incentiva a que os consumidores produzam a sua própria energia a partir de energias renováveis, em particular a solar. A energia elétrica produzida é consumida, na sua maioria, pelo produtor, embora com a possibilidade de injetar o restante na Rede Elétrica.

Mas o que mudou com a nova legislação? Antes de mais, passou a existir a possibilidade de usar a energia produzida para consumo próprio e cada um de nós passa a ser um agente ativo na produção de energia elétrica nas nossas casas. Até aqui, havia a obrigatoriedade de se injetar na rede toda a energia produzida. Também nas empresas acaba por ser um investimento muito rentável, dado que as empresas funcionam sobretudo durante o dia, precisamente em horas de ponta e de cheias, quando a energia é mais cara, pelo que o grau de poupança é ainda maior. Em termos práticos estamos a falar de projetos com pelo menos 2 painéis nas nossas casas e de até algumas centenas ou mesmo milhares de painéis nas empresas, dependendo do seu consumo de energia elétrica.

E se o objetivo é ter uma autonomia e independência superiores em relação à rede elétrica, existem também inúmeras soluções de acumulação de energia em baterias de gel ou de iões lítio, estas últimas as mais recentes, ainda mais fiáveis e com tempo de vida útil superior a 10 anos.

E afinal o autoconsumo compensa? Bem, se pensarmos que o investimento neste tipo de sistemas de autoconsumo tem rentabilidades que tipicamente variam entre os 10 e os 20 por cento ao ano, consoante o caso, e que um depósito a prazo rende atualmente menos de 1 por cento, talvez valha a pena pelo menos equacionar a possibilidade.

Diretor geral da SunEnergy 

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