O satélite europeu GOCE caiu na Terra, aparentemente sem causar danos

Durante esta madrugada, o satélite penetrou na atmosfera terrestre, tendo-se em grande parte desintegrado.

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O GOCE esgoutou o seu combustível há umas semanas ESA/AOES Medialab

Eram perto das 00h00 desta segunda-feira quando o satélite GOCE da Agência Espacial Europeia (ESA) – cuja missão terminou há dias por falta de combustível – fez a sua reentrada na atmosfera do nosso planeta, numa órbita descendente que passou por cima da Sibéria, do Pacífico ocidental, do Índico oriental e da Antárctica, anunciou a ESA em comunicado.

A maior parte do satélite ter-se-á desintegrado no ar, mas estima-se que alguns fragmentos, representando 25% dos 1100 quilos do GOCE, tenham atingido o solo. “Como era de esperar, o satélite desintegrou-se na alta atmosfera e não têm sido reportados quaisquer danos”, salienta o comunicado.

Juntamente com o gabinete dos detritos espaciais da ESA, uma série de entidades em todo o mundo monitorizaram a queda do satélite.E em particular, dados sobre a queda do GOCE registados pelos Estados Unidos sugerem, segundo a BBC News, que os detritos que sobreviveram à reentrada terão de facto caído no Atlântico, a sul das Ilhas Malvinas.

O GOCE, lançado em 2009 para cartografar as variações da gravidade terrestre, esgotou o seu carburante a 21 de Outubro passado. E se já se sabia que iria reentrar na atmosfera, não era possível saber onde é que os eventuais detritos iriam cair. Isto porque o GOCE foi construído antes da entrada em vigor de um acordo internacional que obriga os responsáveis de missões científicas a dotar os seus satélites de um sistema de propulsão que faça com que caiam no mar, longe das zonas habitadas, quando a sua missão acaba.

Ainda segundo o site noticioso britânico, o GOCE é a primeira missão da ESA a ter feito uma reentrada não controlada em mais de 25 anos.
 

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