Nave espacial europeia já foi resgatada do mar

Depois do calor a que foi submetido durante a reentrada na atmosfera, aparelho manteve-se em “grande forma”, diz a Agência Espacial Europeia.

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O resgate da nave espacial europeia ESA/Tommaso Javidi
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A nave à espera de ser resgatada no Pacífico após o voo ESA/Tommaso Javidi

Tirando alguns problemas técnicos que atrasaram a partida em 40 minutos, o primeiro voo de uma nova nave espacial da Europa não podia ter corrido melhor. O foguetão Vega, que descolou esta quarta-feira do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, levava dentro do seu nariz a nave, que não tem asas nem é tripulada, para ser submetida ao seu primeiro teste de reentrada na atmosfera terrestre. No final, mergulhou no Pacífico e foi recuperada “em grande forma”, anunciou esta quinta-feira a Agência Espacial Europeia (ESA). Tudo como estava nos planos.

A nave, a que a ESA chama Veículo Intermédio Experimental, estava principalmente a testar tecnologias que podem vir a ser utilizadas noutros aparelhos e missões. Pela primeira vez, a Europa testou as suas capacidades numa operação complexa e perigosa que é, depois da ida ao espaço, o regresso à Terra e a reentrada na atmosfera.

A nave separou-se do foguetão a 340 quilómetros, em seguida subiu sozinha até aos 412 quilómetros para aí iniciar o caminho de regresso, tudo registado por mais de 300 sensores, até ao mergulho no Pacífico, amortecido por pára-quedas, ao largo das ilhas Galápagos. Bóias impediram que se afundasse e o navio que estava à espera dela na zona já a recuperou.

Agora o aparelho tem como destino um centro da ESA na Holanda, onde vai ser observado e analisado exaustivamente, refere a agência noticiosa AFP. Com este voo, de 100 minutos, a Europa juntou-se assim ao minúsculo clube de países capazes de reentrar na atmosfera da Terra, de que fazem parte os Estados Unidos, a Rússia e a China.

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