Milhares protestam na Alemanha contra a redução do apoio às energias renováveis

Governo alemão vai rever os objectivos da política energética do país, que prevê o fecho de todas as centrais nucleares até 2022.

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O Governo vai discutir a reforma da lei das energias renováveis em Abril Ina Fassbender/Reuters

Dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se neste sábado em várias cidades alemãs, em protesto contra o anunciado abrandamento da transição para a produção de energias renováveis.

Os protestos fizeram-se ouvir nos quatro cantos da Alemanha, em cidades como Munique, Potsdam, Hanôver ou Dusseldorf, e juntaram cerca de 30.000 pessoas, segundo a agência AFP.

Os objectivos do país para a política energética, anunciados em 2011, prevêem o fim da produção de energia nuclear até 2022 e a garantia de que 60% do consumo serão assegurados pelas renováveis até 2050, contra os actuais 25%.

Mas estes objectivos vão ser revistos, devido à pressão dos lóbis das indústrias que vão suportar a maior parte da factura da transição energética. A reforma da lei das energias renováveis vai estar em cima da mesa do Conselho de Ministros alemão já no início de Abril.

O vice-chanceler e ministro da Economia, Sigmar Gabriel, já fez saber que o Governo tem a intenção de reduzir os subsídios para a produção, em particular da energia eólica terrestre.

Os manifestantes apelaram à intervenção das organizações de defesa do ambiente, anti-nucleares e de partidos políticos como os Verdes e o Die Linke, a formação mais à esquerda no Parlamento alemão.

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