A organização Ciência Viva anunciou esta segunda-feira que a Gradiva e Guilherme Valente, o fundador daquela editora, foram distinguidos com o Grande Prémio Ciência Viva pelos 30 anos da colecção Ciência Aberta.

 Guilherme Valente foi quem idealizou esta colecção sobre ciência, cujo primeiro livro, O Jogo dos Possíveis, de François Jacob, Prémio Nobel da Medicina de 1965, foi editado em Junho de 1982. Hoje a colecção continua a crescer e o último dos seus números, o 196, é o livro Pipocas com Telemóveis - E Outras Histórias de Falsa Ciência, de David Marçal e Carlos Fiolhais.

Nesta colecção, foram editados os nomes incontornáveis da ciência mundial como Carl Sagan, Stephen Hawking e Albert Einstein. Livros de James Watson e Francis Crick, dois cientistas que descobriram a forma da dupla hélice do ADN, também foram editados nesta colecção. O físico teórico Richard Feynman, o biólogo Steve Jones, Benoît Mandelbrot, que desenvolveu a geometria dos fractais, ou o astrofísico Hubert Reeves são outros nomes que passaram a poder ser lidos em português.

Na colecção também há obras de autores portugueses como os físicos Carlos Fiolhais e João Magueijo, o matemático Nuno Crato e o especialista em mudanças climáticas Filipe Duarte Santos.    

Guilherme Valente criou a Gradiva em 1981. O editor, de 71 anos, trabalhou anteriormente nas Publicações Europa-América, Publicações D. Quixote e na Editorial Presença.

Em 1998, recebeu pela mão de Jorge Sampaio, então Presidente da República, o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique “pelo trabalho pioneiro e continuado na valorização da cultura científica e do interesse pela ciência, particularmente entre as novas gerações”, diz um comunicado da Gradiva.