FCT diz que avaliação das unidades de investigação foi “transparente e rigorosa”

Fundação responde às críticas em comunicado.

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Miguel Seabra, presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, em Janeiro de 2014 no Parlamento Miguel Seabra

A Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) reafirmou esta sexta-feira a sua “total confiança” no processo de avaliação das unidades de investigação que está a decorrer, que diz ter “total transparência, rigor e isenção”. Esta declaração da FCT surge “na sequência de notícias que têm vindo a público recentemente e ainda de alguns comentários e opiniões recebidos por outros meios”, diz a nota da fundação, que é a principal financiadora do sistema científico português.

“A avaliação das unidades de investigação levada a cabo pela FCT, em colaboração com a European Science Foundation (ESF), corresponde a um exercício de avaliação regular, previsto na lei e que decorre como planeado e divulgado, quer do ponto de vista dos procedimentos quer do ponto de vista do calendário anunciado”, diz a FCT na sua página da Internet. “Os membros dos painéis de avaliação foram seleccionados pela ESF”, diz ainda o comunicado, “obedecendo aos mais exigentes critérios de mérito científico”.

Além de salientar a transparência e o “cumprimento das melhores práticas internacionais” no processo, a FCT lembra no comunicado que o regulamento do concurso foi sujeito a consulta pública e “amplamente discutido”, e “rejeita de forma veemente qualquer interferência, directa ou indirecta, no processo de avaliação”.

A posição da FCT surge depois de várias críticas e contestações terem vindo a público nos últimos, incluindo de várias unidades de investigação. Também a oposição (PS, PCP e Bloco de Esquerda) acusou esta quinta-feira o Governo, na Assembleia da República, de estar a promover “mais cortes” na ciência, designadamente no financiamento das unidades de investigação científica.

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