China a postos para construir a sua quarta base na Antárctida

Local para a quinta estação chinesa no continente branco já está a ser escolhido.

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A base chinesa Grande Muralha, na Ilha do Rei Jorge, Shetland do Sul Nuno Ferreira Santos

A China está a ultimar os preparativos para começar a construir na Antárctida a sua quarta base e pretende, mais tarde, reforçar a sua presença no continente branco com uma quinta estação.

Esta nova estação de investigação, baptizada Taishan, deverá ser construída em 40 dias. Será utilizada apenas durante o Verão na Antárctida, de Dezembro a Março, noticiou agora o jornal China Daily.

Por outro lado, a China lançou a 7 de Novembro uma expedição de 155 dias com a missão de encontrar um local para construir a quinta base, na região da Terra de Vitória, que deverá funcionar durante todo o ano.

Actualmente, as três estações que a China tem no continente branco são a Changcheng, ou Grande Muralha (na Ilha do Rei Jorge, no arquipélago das Shetland do Sul, perto da Península Antárctica), a Zhongshan (na baía Prydz, no Leste do continente antárctico) e a Kunlun (no interior do continente, no planalto antárctico também na parte Leste, a mais de 4000 metros acima do nível do mar).

A quarta estação será construída na Terra da Princesa Isabel, a 2621 metros acima do nível do mar. Localizar-se-á entre as estações de Zhongshan e Kunlun, ficando, respectivamente, a cerca de 520 e 715 quilómetros de distância delas, segundo o China Daily.

Por fim, a China também decidiu comprar aos Estados Unidos um avião capaz de alcançar as suas diferentes bases na Antárctida, nas condições climáticas extremas do Pólo Sul.

Estas informações foram tornadas públicas em Novembro, durante o falhanço de negociações internacionais para a criação de santuários marinhos na Antárctida, aos quais a China e a Rússia se opuseram. É o terceiro falhanço consecutivo dos planos para a criação de zonas de protecção nos locais onde vivem baleias, focas e pinguins-imperadores. Os defensores do ambiente denunciam os “interesses egoístas” dos países que se opõem a estes santuários marinhos. As águas do oceano austral à volta da Antárctida albergam ecossistemas excepcionais, ainda muito preservados das actividades humanas mas ameaçados.
 

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