Cátedra UNESCO sobre os oceanos lançada na Universidade Nova de Lisboa

Apresentação deu-se nesta terça-feira. Cátedra prevê investigação científica, formação e divulgação ao público em geral.

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O património cultural dos oceanos é um aspecto importante da nova cátedra CHAM

A Universidade Nova de Lisboa (UNL) lança nesta terça-feira uma cátedra com a chancela da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), dedicada ao património cultural dos oceanos, que prevê investigação científica, formações de nível superior avançado, mas também uma abertura a toda a sociedade.

"Esta cátedra UNESCO é um selo dado à Universidade Nova para este tema em particular, o Património Cultural dos Oceanos. Serão desenvolvidas actividades relacionadas com o tema central – o património cultural dos oceanos – em áreas como a investigação científica, a formação avançada em ensino superior (pós-graduação, mestrado e doutoramento), e divulgação científica", explicou à Lusa Cristina Brito, coordenadora científica da cátedra.

De acordo com a responsável, esta chancela prevê também actividades para o público em geral, como cursos de verão, sessões públicas, exposições, conferências e palestras e actividades programadas para escolas.

"Actuamos a vários níveis da sociedade, não é apenas direccionado para a academia ou para a investigação", disse. A Cátedra UNESCO – Património Cultural dos Oceanos foi apresentada na Reitoria da UNL, contando com a presença do reitor da universidade, António Rendas, com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, a presidente da Comissão Nacional da UNESCO, Ana Maria Martinho, e com o director do Centro de História d'Aquém e d'Além Mar (CHAM), João Paulo Oliveira e Costa. O CHAM, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UNL, lidera a cátedra.

A rede de parceiros que vai trabalhar sob esta chancela da UNESCO tem uma extensão "muito transatlântica", contando com parceiros na Europa, como a Irlanda e Espanha, mas também no norte de África, como Marrocos, da comunidade de países de língua oficial portuguesa, como Cabo Verde, e do outro lado do oceano Atlântico, como o Brasil e a Colômbia, que, explicou Cristina Brito, garantem coerência à rede internacional de parceiros no âmbito das investigações e actividades a desenvolver.

A cátedra arranca hoje oficialmente, mas as primeiras actividades previstas devem acontecer a partir de Setembro, com workshops e conferências subordinados ao tema dos oceanos. O primeiro grande evento no âmbito deste selo da UNESCO será a CHAM International Conference, em Julho de 2017.

Há já algumas investigações a decorrer, relacionados com património marítimo subaquático, história marinha e história ambiental marítima, que "formaram a base para esta proposta" aprovada pela UNESCO.

A chancela mantém-se por quatro anos, até 2020, devendo o trabalho desenvolvido no seu âmbito ser avaliado dentro de três anos, estimou Cristina Brito, que acrescentou que uma avaliação positiva poderá dar "uma continuidade longa" a este selo atribuído à UNL. "Após a avaliação será lançado um novo programa de actividades", disse.

Os centros parceiros da cátedra recorreram a capitais próprios para assegurar o financiamento da fase inicial da cátedra, mas o objectivo, explicou a coordenadora científica do projecto, é que este selo seja o ponto de partida para a obtenção de financiamento externo, público e privado, para o restante ciclo de actividades.

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