Bolseiros querem atraso no concurso de bolsas discutido no Parlamento

Petição juntou mais de quatro mil assinaturas.

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O relatório defende que a ciência, a tecnologia e a educação têm a capacidade de resolver quase todos os desafios globais Miguel Manso

A Associação de Bolseiros de Investigação Científica (ABIC) quer discutir no Parlamento o atraso de um mês no lançamento do concurso de bolsas, depois de ter recolhido mais de quatro mil assinaturas numa petição que denuncia a situação.

“Uma semana depois do início da petição e cerca de um mês depois do anunciado, o concurso de bolsas individuais, a cargo da FCT [Fundação para a Ciência e a Tecnologia], continua sem data de abertura anunciada, bem como ainda não se conhece o guião de candidatura”, refere um comunicado da ABIC.

A ABIC enviou assim esta terça-feira o abaixo-assinado para a Assembleia da República, para que seja marcada uma reunião da Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, onde quer que estas questões sejam discutidas, refere ainda o comunicado.

O abaixo-assinado tem como destinatários o presidente da FCT, Miguel Seabra, o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, e o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e exige, para além da abertura imediata do concurso de bolsas, “a não aplicação dos cortes ‘sem precedentes’ já anunciados pela FCT na investigação desenvolvida em Portugal, onde se conhecem já a redução superior a 75% no apoio aos projectos de investigação FCT e de 50% das bolsas de doutoramento atribuídas por via do concurso nacional”.

A associação refere ainda no documento que se mantém “a indefinição” relativamente ao concurso de bolsas de pós-doutoramento, “onde o grau de redução é ainda desconhecido”.

A FCT reconheceu atrasos e prometeu lançar o concurso ainda este mês, depois de homologado o novo regulamento de bolsas de investigação. E justificou, também no início do mês, os atrasos com a abertura simultânea de vários concursos e a ultimação do novo regulamento de bolsas de investigação, assegurando que os investigadores “não vão ser prejudicados”.

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