Assembleia da República aprova voto de pesar por Mariano Gago

Proposta foi aprovada por unanimidade.

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Mariano Gago foi ministro durante os governos de António Guterres e José Sócrates

A Assembleia da República aprovou esta sexta-feira por unanimidade um voto de pesar pela morte do antigo ministro Mariano Gago, há uma semana, lamentando o desaparecimento de “um vulto maior da ciência em Portugal”.

“A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, presta o sentido reconhecimento e expressa a gratidão pelo contributo académico e serviço cívico e público de José Mariana Gago ao longo de toda a sua vida, endereçando à sua família, amigos e a todos os que no sector científico sentem especialmente a dimensão da sua perda, as suas sinceras condolências pelo desaparecimento de um vulto maior da ciência em Portugal”, lê-se no voto de pesar apresentado pelo PS.

Nascido em Lisboa, em 1948, José Mariano Rebelo Pires Gago licenciou-se em engenharia electrotécnica pelo Instituto Superior Técnico, em 1971, e foi ministro nos governos do Partido Socialista, liderados por António Guterres (de 1995 a 2002) e por José Sócrates (de 2005 a 2011).

“A sua visão integrada e impulsionadora do sector científico nacional tornou-o numa referência política incontornável para o sector e permitiu modificar profundamente as políticas públicas portuguesas, dotando a ciência de uma nova centralidade política, criando mecanismos de financiamento reforçado e de desenvolvimento da investigação científica e impulsionando de forma notável a produção científica nacional”, é ainda referido no voto.

O texto faz ainda referência à responsabilidade de Mariano Gago pelo desenvolvimento dos alicerces de “uma verdadeira política de divulgação científica, vertida emblematicamente no lançamento da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, mobilizadora de novas gerações para o conhecimento e a investigação através de uma rede integrada de centros espalhados pelo país, coroada com o desenvolvimento do Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa”.

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