A classificação depende de quem faz a análise. De acordo com o Centro Nacional de Dados Climatéricos dos EUA, o ano passado está empatado com o de 2003 como o quarto mais quente desde 1880, ano em que as temperaturas começaram a ser registadas. Mas a NASA, também em informação divulgada nesta terça-feira e relativa ao mesmo período, coloca 2013 em sétimo lugar, num empate com 2009 e 2006.

De acordo com Centro Nacional de Dados Climatéricos, em 2013, a temperatura média do planeta, combinando a temperatura da terra e da água, rondou os 14,5 graus Celsius, 0,62° acima da média do século XX, valores muito semelhantes aos comunicados pela NASA. Foi também o 37.º ano consecutivo em que os termómetros indicaram uma temperatura acima da média.

Os números mostram ainda que 2010 foi o ano mais quente desde que há registos, seguido de 2005 e 1998. E indicam que nove dos dez anos mais quentes desde 1980 são anos do século XXI.

"Tendências de longo prazo na temperatura da superfície não são habituais e 2013 junta-se às provas de uma alteração climática em curso", afirmou, no comunicado emitido pela NASA, o cientista Gavin Schmidt. "Ao passo que um ano, ou uma estação, podem ser afectados por eventos meteorológicos aleatórios, esta análise mostra a necessidade de uma monitorização contínua e de longo prazo". 

O comunicado refere ainda que metodologias "ligeiramente diferentes" explicam a discrepância entre as classificações obtidas pelas duas entidades, mas frisa que ambas descrevem a mesma tendência.

Uma versão preliminar de um relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas da ONU avisou recentemente que será necessário reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 40 a 70%, entre 2010 e 2050, para conter o aquecimento global.

Acrescentados os dados comunicados pela NASA.