Salvini renega o soberanismo e converte-se à Europa

As capitais europeias têm os olhos postos na Itália e na experiência do governo Draghi. Primeiro, pela imperiosa necessidade de evitar a falência de Roma. Depois, para averiguar o que vai acontecer aos populismos soberanistas.

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Matteo Salvini ETTORE FERRARI/EPA

A política romana faz lembrar uma mesa de snooker: uma tacada pode deslocar todas as outras bolas. O Presidente Sergio Mattarella indigitou Mário Draghi para formar um governo presidencial e “de alto nível” capaz de enfrentar a “emergência italiana”. Teve imediatamente singulares e imprevistos efeitos e alguns analistas interrogam-se até sobre a possibilidade de um Big-Bang político. O mais notável efeito foi a viragem de Matteo Salvini e da Liga, que trocaram o soberanismo pelo europeísmo. O Partido Democrático (PD) foi incapaz de assumir a iniciativa política e teme o incómodo de partilhar uma coligação com a Liga. O Movimento 5 Estrelas (M5S) entrou em convulsão, o que ameaça atrasar o calendário de Draghi e Mattarella. Previam a votação da moção de confiança na Câmara dos Deputados e no Senado, na segunda e terça-feira.

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