Milhares de apoiantes pedem a Trump que continue a lutar

Manifestações de apoio ao Presidente dos EUA juntaram milhares de pessoas em várias cidades, que não aceitam derrotas de Trump nos tribunais e vitória de Biden nas eleições.

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Manifestante com uma bandeira pró-armas ERIN SCOTT/Reuters
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O momento em que o helicóptero de Trump sobrevou a multidão JONATHAN ERNST/Reuters
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Apoiantes de Trump nas ruas de Washington D.C. JONATHAN ERNST/Reuters

Milhares de apoiantes de Donald Trump juntaram-se este sábado em várias cidades dos Estados Unidos para protestarem contra as decisões dos tribunais norte-americanos sobre os pedidos republicanos de anulação dos resultados eleitorais que deram a vitória a Joe Biden e para pedirem ao Presidente que não desista de lutar.

A manifestação mais concorrida do movimento March for Trump teve lugar na Freedom Plaza, em Washington D.C., onde mais de 15 mil pessoas – segundo a organização do evento – apareceram com bandeiras, bonés e cartazes de apoio a Trump e críticas a Biden e à comunicação social, gritando frases de ordem como: “mais quatro anos”; “parem o roubo”; e “lutemos por Trump”.

Wow! Milhares de pessoas a juntarem-se em Washington para o [movimento] Stop the Steal. Não sabia disto, mas vou vê-las”, escreveu o Presidente no Twitter, pouco antes de o helicóptero que o transportava para Nova Iorque sobrevoar os manifestantes, que reagiram ao momento com entusiasmo.

Dali, os apoiantes de Trump marcharam para o Supremo Tribunal que, na véspera, tinha chumbado a última tentativa do Presidente dos EUA e do estado do Texas para impedirem a confirmação da vitória de Biden na eleição presidencial de 3 de Novembro – os queixosos argumentavam que as eleições nos estados do Wisconsin, Michigan, Pensilvânia e Georgia, onde o democrata venceu, foram contrárias à Constituição.

Antes disso, porém, várias figuras próximas de Trump subiram ao palco montado na Freedom Plaza, para responder e alimentar os pedidos de “resistência patriótica” vindos de uma multidão que incluía membros de grupos evangélicos, elementos de organizações pró-armas e mulheres activistas e conservadoras.

“Eu li a Constituição e não tenho a certeza de que Joe Biden a tenha lido. E sei uma coisa: isto não termina até 20 Janeiro”, afiançou o antigo assessor de Trump, Sebastian Gorka, citado pela Fox News, referindo-se à data em que Biden toma posse como 46.º Presidente dos EUA.

“Ainda não viram o que é uma resistência enquanto os patriotas não se apresentarem para defender a república”, atirou, por sua vez, Katrina Pearson, conselheira de Trump.

As manifestações deste sábado surgem a poucos dias da reunião do Colégio Eleitoral – agendada para segunda-feira – onde se espera que os grandes eleitores que o compõem dêem aval aos resultados certificados por todos os 50 estados do país e confirmem a eleição de Biden como Presidente.

O candidato democrata conquistou 306 votos no Colégio Eleitoral – precisava de 270 – e Trump ficou-se pelos 232. Biden teve perto de 7 milhões de votos de vantagem sobre o Presidente em funções. 

Ainda assim e apesar das dezenas de derrotas nos tribunais e nos pedidos de recontagem de votos, Trump e a sua equipa continuam a alimentar a narrativa da “fraude eleitoral” a favor dos democratas, denunciando, particularmente, ilegalidades nos votos por correspondência – mas sem apresentarem provas sólidas e concretas.

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