A esperança que incentiva a luta na mensagem de Ano Novo do PCP

Jerónimo de Sousa não refere directamente o Orçamento do Estado nem revela qual vai ser o sentido de voto dos comunistas.

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Jerónimo de Sousa à saída da audiência com o Presidente da República sobre o Orçamento do Estado LUSA/JOSE SENA GOULãO

“Na esperança que incentiva a luta podem contar com o PCP”. Assim conclui Jerónimo de Sousa a mensagem de Ano Novo dos comunistas, que será divulgada esta sexta-feira no tempo de antena do partido.

Durante menos de dois minutos, o secretário-geral do PCP refere-se a um “tempo contraditório de incerteza e esperança” e garante aos portugueses que “é possível uma vida melhor”.

Sem qualquer referência ao Orçamento do Estado para o próximo ano (OE 2020) e ao sentido de voto dos comunistas sobre o mesmo, Jerónimo de Sousa sintetiza num encadear de frases um balanço crítico sobre a actual situação política.

“Na política, como na vida, há opções, há escolhas”, refere, sublinhando uma linha vermelha para o PCP: “Que em nome das contas certas para com os grupos económicos se façam contas erradas com os trabalhadores e o povo português.” No que pode ser interpretado como uma referência indirecta e crítica ao OE 2020, a única da mensagem de Ano Novo.

Numa intervenção de tom mobilizador, o dirigente comunista assegura o compromisso do seu partido para a apresentação de iniciativas e soluções “tendo em vista a resolução dos problemas nacionais”. E faz votos de um Ano Novo onde prevaleça a justiça social e o progresso num Portugal soberano e de paz.

Nesta mensagem, Jerónimo classifica o valor da esperança que reivindica. “A esperança que não espera, mas que incentiva a luta”, sublinha. 

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