Sondagem mostra Conservadores 15 pontos à frente do Labour

O voto os eleitores pelo “Brexit” está definido. É o voto remain que se divide entre o Partido Trabalhista e os Liberais Democratas, com estes a descer nas inenções de voto.

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Boris Johnson Henry Nicholls/Reuters

O Partido Conservador está 15 pontos à frente dos Trabalhistas na sondagem publicada neste domingo pelo jornal Observer. O partido do primeiro-ministro Boris Johnson está com 38% das intenções de votos, enquanto que a formação chefiada por Jeremy Corbyn recebe 23%.

Os tories sobem dois pontos em relação à sondagem anterior, da semana passada, da empresa Opinium, o Labour desce um ponto. Mas a maior queda, cinco pontos, regista-se nos Liberais Democratas que estão com 15% das intenções de voto.

Entre os eleitores que defendem a permanência do Reino Unido na União Europeias, os remain, os Lib-Dem descem sete pontos numa semana. Entre os mesmos eleitores, o Labour ganha nove pontos.

Porém, o Partido Trabalhista perdeu votos entre os que defendem a saída. Segundo a sondagem, apenas 8% dos que defendem a saída dissera que vão votar Labour depois de o congresso do partido ter mostrado as divisões internas sobre o “Brexit” e de ter sido aprovada a visão de Corbyn de manter o partido neutro sobre a questão, para capturar votos entre os eleitores remain e leave.

Boris Johnson continua a manter uma liderança confortável sobre Corbyn quando é perguntado aos eleitores quem seria o melhor primeiro-ministro – 36% para Johnson, 16% para Corbyn.

A sondagem foi feita depois de os dois partidos na frente das sondagens terem realizados os seus congressos. “No pós-congresso, os Conservadores estão mais ou menos na mesma situação em que estavam com uma vantagem substancial sobre os Trabalhistas, o que se baseia na consolidação dos votos do leave, enquanto os votos remain continuam a oscilar entre o Labour e os Lib-Dem”, disse Adam Drummond, chefe da secção de política da Opinium.

Os planos de Boris Johnson para o “Brexit”, tornados públicos na semana passada, são mais populares do que o acordo da sua antecessora, Theresa May, diz a sondagem. Quando a empresa questionou os eleitores em Fevereiro sobre o acordo de May, 45% disseram que se tratava de um mau acordo e só 14% disseram que era um bom acordo. Agora, 27% considerou o plano de Johnson bom e 22% disseram que é mau.

Drummond diz que há duas razões para a diferença de opiniões entre os eleitores. “A primeira é que Boris Johnson, que foi o líder da campanha pela saída, apoia-a, o que, independentemente dos pormenores, a legitima entre os eleitores. Ao demitir-se do governo de May, Johnson ajudou a destruir a legitimidade do acordo dela”, diz. “A segunda é que o acordo de May foi negociado com a União Europeia, e que esta já disse que a proposta [de Johnson] não é aceitável”.

Tendo em conta o sistema britânico, que não é proporcional mas uninominal, e em que o partido mais votado ganha o mandato, um resultado de 38% em futuras eleições pode garantir ao Partido Conservador maioria parlamentar.

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