Distrital do Porto ameaça votar contra as listas de deputados em ruptura com Rio

Há um forte descontentamento no Porto em relação à lista. Distrital prepara-se para fazer uma declaração de voto para explicar a sua posição no conselho nacional.

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Álberto Machado era um dos grandes apoios de Rio Nelson Garrido

A distrital do Porto do PSD, a maior do partido, prepara-se para votar contra as listas de deputados às eleições legislativa, abrindo uma fractura com o presidente do partido. À mesma hora que Rui Rio reunia, em Guimarães, a sua comissão permanente para preparar o conselho nacional da noite desta terça-feira, a distrital do PSD convocava a sua comissão permanente para decidir o que fazer em relação às listas, perante o descontentamento que se vive no partido.

O que está previsto é que a distrital se demarque da lista do Porto que Rui Rio fez e na qual Alberto Machado, presidente da distrital, surge em quarto lugar. Se vingar a tese de o Porto votar contra, o que pode acontecer é o líder do partido perder um dos seus grandes apoios. Alberto Machado é muito próximo de Rio, mas o clima de insatisfação dos militantes do distrito obrigam-no a tomar uma posição de força.

No Porto há um enorme descontentamento em relação à lista de deputados pelo facto de ela não ter representatividade territorial e de Rui Rio ter imposto um conjunto grande de nomes. A concelhia, liderada por Hugo Neto, recusou o 14.º lugar na lista conforme o PÚBLICO noticiou nesta terça-feira. Hugo Neto vai manter o silêncio até ao dia 7 de Outubro e prepara-se para tomar uma posição dura em relação à liderança do PSD.

Em Aveiro, um distrito particularmente caro a Salvador Malheiro, vice-presidente do partido e líder da distrital, há um grande polémica pelo facto de Amadeu Albergaria, vice-presidente do grupo parlamentar do PSD de Luís Montenegro e de Hugo Soares e presidente da Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira, não ter ficado num lugar elegível na lista pelo seu distrito. Amadeu Albergaria foi indicado pela concelhia do PSD de Santa Maria da Feira, tendo o seu nome sido aprovado por unanimidade. A assembleia de militantes de Santa Maria da Feira indicou o seu nome por unanimidade e 17 dos 21 presidentes de junta de freguesia escreveram uma carta ao presidente da distrital do partido e ao secretário-geral a defender o nome do até agora vice-presidente do grupo parlamentar do PSD

O conselho nacional do PSD, o primeiro que se realiza depois das eleições europeias, está ensombrado por um clima de agitação política.

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