Seis nomes para acompanhar (de perto) durante o torneio

O Mundial sub-20 tem sido uma montra de talento ao longo dos anos. Em 2019, a qualidade também abunda.

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Para além da selecção portuguesa, com rostos bem mais familiares para os adeptos nacionais, há várias outras figuras a seguir com atenção neste Campeonato do Mundo. Alguns outros nomes ficarão de fora - como o do senegalês Amadou Sagna, com um hat-trick no jogo de estreia, diante do Tahiti -, mas o PÚBLICO seleccionou meia-dúzia de jogadores com potencial para se destacarem ao longo do torneio.

Diego Lainez (México)

No dia 4 de Agosto de 2018, Diego Lainez entrou para a história do Pachuca, ao tornar-se no jogador mais novo a bisar pela equipa principal. Essa exibição diante do América e outras de igual qualidade no torneio de Abertura colocaram o mexicano na rota da Europa. Mudou-se para o Betis no início deste ano, a troco de 14 milhões de euros, e entrou bem na equipa, mas foi perdendo espaço à medida que a época avançava e o treinador, Quique Setién, deixou-o de fora de várias convocatórias. Rápido, explosivo e forte no um para um, é um jogador muito vertical com apetência para cruzamentos. É evoluído tecnicamente  e soma já quatro internacionalizações pela selecção A do México.

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Bruno Méndez (Uruguai)

Ao longo dos anos, o futebol uruguaio tem produzido defesas centrais de topo e Bruno Méndez tem tudo para dar seguimento a essa linhagem. Com 1,84m, é um dos líderes da selecção sub-20, com atributos que já lhe valeram uma chamada também à equipa A: forte no jogo aéreo, eficaz nas coberturas e com uma saída de bola interessante. Óscar Tabárez descreveu assim a estreia ao mais alto nível do jogador que fez a formação no Montevideo Wanderers: “É um grande talento. Mostra uma enorme maturidade para a idade que tem”. Detentor de dupla nacionalidade (italiana, no caso), em Fevereiro assinou um contrato de quatro épocas com o Corinthians, que terá valorizado também a sua personalidade forte e o facto de poder actuar ainda como lateral direito.

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Erling Haaland (Noruega)

Um canhoto de passada larga, Erling Haaland chamou a si todas as atenções quando apontou um hat-trick contra a Escócia, na fase de qualificação para o Europeu de sub-19. Do alto do seu 1,91m, é a grande referência do ataque da Noruega, não só pelo imponente jogo aéreo, mas pela forma como recebe de costas e consegue rodar e pelo modo como ataca a profundidade. Dono de um forte remate, este avançado que nasceu em Inglaterra (em Leeds, mais concretamente), onde o pai, o defesa Alf-Inge Haaland, jogou, fez a formação no Bryne e teve a sua afirmação de força no Molde, em 2017-18. Já este ano, mudou-se para o Red Bull Salzburgo, tendo assinado um contrato por cinco épocas.

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Andriy Lunin (Ucrânia)

Aos 20 anos, é já uma certeza do futebol ucraniano. Senhor de uma personalidade forte, altamente confiante, é rápido a sair dos postes para encurtar o ângulo de remate e sabe fazer uso do seu 1,91m para controlar o espaço aéreo. Teve uma ascensão veloz no Metalist Kharkiv (2012–15) e uma afirmação de qualidade imediata no Dnipro (2015-16). De tal forma que despertou o interesse de alguns colossos europeus e o Real Madrid não tardou a contratá-lo, a troco de oito milhões de euros. Ainda fez a pré-época com os “merengues”, sendo depois emprestado ao Leganés (quatro jogos e zero golos sofridos). Na Polónia, este guarda-redes que também controla a profundidade com um razoável jogo de pés, terá um palco privilegiado para mostrar todos os seus dotes.

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Kang-in Lee (Coreia do Sul)

Um criativo puro. Médio ofensivo de tremenda qualidade técnica, com um pé esquerdo acima da média, este coreano de 1,73m mudou-se para Espanha com apenas 10 anos. Em Valência, fez todo o percurso de formação até chegar à equipa principal, em Outubro de 2018, tendo cumprido alguns minutos em jogos da Liga, da Taça do Rei e da Liga Europa — tornou-se, de resto, no mais jovem estrangeiro de sempre a estrear-se pela equipa “che”, com 17 anos, 10 meses e 24 dias. Há cerca de dois meses, foi convocado pela primeira vez para a selecção A, mas foi com os sub-21 da Coreia do Sul, no torneio de Toulon, que confirmou credenciais. De remate fácil, sai bem da marcação e é um driblador nato.

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Ezequiel Barco (Argentina)

A jogar da ala para dentro ou “apenas” como criador no corredor central, Ezequiel Barco é um dos mentores do futebol argentino na equipa comandada por Fernando Batista. Com um pé direito fabuloso, a jogar sempre de cabeça levantada, este extremo/médio que o Atlanta United contratou no ano passado ao Independiente, a troco de 13,5 milhões de euros, tem provavelmente na precisão do último passe o seu maior atributo. É cirúrgico na forma como coloca a bola entre linhas e como decide no último terço. Uma tendinite no joelho afastou-o  em Janeiro do Campeonato Sul-Americano de sub-20, mas, se estiver fisicamente a 100%, tem todas as condições para marcar a diferença. 

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