Rio deverá contar com Elina Fraga e Alberto Machado na lista das legislativas

Vice-presidente da comissão política permanente e líder da distrital do PSD-Porto devem fazer parte das escolhas do líder do partido para a Assembleia da República.

Foto
Elina Fraga foi uma das supresas da direcção de Rui Rio Miguel Manso

Com o fim da crise política, aberta pelo primeiro-ministro há uma semana, os sociais-democratas fazem as contas aos eventuais prejuízos eleitorais que a posição assumida pelo líder do PSD no caso da contagem integral do tempo de serviço dos professores pode ter nos combates eleitorais que se avizinham. E enquanto uns se mostram a apreensivos com as europeias, há quem já esteja a pensar nas legislativas e de olho nas escolhas de Rio para as listas de deputados. A vice-presidente da comissão permanente do PSD, Elina Fraga, e o líder da distrital do Porto são dos nomes que estarão em cima da mesa para integrarem a lista pelo Porto, disse ao PÚBLICO fonte social-democrata,

Antes da crise política, o PSD acreditava que a vitória nas europeias estava não só ao seu alcance como poderia alavancar o partido para uma boa performance eleitoral nas legislativas, mas esse optimismo baixou e há quem tema pelos resultados. Fonte da direcção do PSD disse ao PÚBLICO que “é notório que Rio não conduziu bem a questão dos professores e que na hora do voto o PSD pode ser penalizado, mas isso não deve ser razão para o líder se ir embora. “Esse cenário só se deve colocar no caso de o PSD sofrer uma débâcle nas legislativas”, defende.

Uma outra fonte com responsabilidades no Conselho Estratégico Nacional do PSD não tem dúvidas: “A forma como o PSD geriu o caso dos professores descredibilizou o partido”. E arrisca mesmo dizer que, se o “PSD tiver uma boa prestação eleitoral nas europeias e um fraco resultado nas legislativas, o partido vai começar a olhar para Paulo Rangel como um potencial líder do partido”.

Sobre as escolhas para as listas, considera que Rio vai fazer o que fizeram os seus antecessores que é “escolher pessoas da sua confiança. Será uma lista feita na perspectiva de se manter no poder no caso de o partido não ganhar eleições”.

O presidente da distrital do PSD-Porto considera extemporânea a discussão em torno das listas de deputados à Assembleia da República e mostra-se “optimista” quanto às europeias e legislativas e faz um apelo: “Espero que as pessoas tenham o discernimento de separar águas na altura de votar e de perceber que o PSD é o partido que tem o melhor projecto político a nível das europeias, as melhores propostas e a melhor lista”.

O também presidente da Junta de Freguesia de Paranhos – a única que o PSD lidera no Porto – evita fazer considerações sobre se as escolhas de Rio devem ser feitas na perspectiva de continuar na liderança do partido, mesmo que as legislativas não corram bem ao PSD ou, se pelo contrário, deve apostar em pessoas com perfil autárquico já a pensar nas eleições locais de 2021. E encerra o assunto com esta tirada: “As eleições legislativas são muito mais do que as listas de deputados”.

 O PÚBLICO questionou o presidente do PSD através da sua assessora relativamente às legislativas, mas até à hora do fecho desta edição não houve resposta.

As escolhas de Rio para as listas de deputados, que deverão ser paritárias, podem ainda não estar na ordem do dia, mas nos corredores do partido há nomes que são dados como certos. A lista do Porto deverá ser encabeçada pelo presidente do PSD e dela devem fazer parte Alberto Machado, Elina Fraga, Rui Quelhas (ex-chefe de gabinete de Rio na Câmara do Porto), Marta Peneda (vereadora da Câmara da Maia), Germana Rocha (actual deputada), Isabel Cruz (presidente da Assembleia Municipal da Trofa), entre outros.

Em Aveiro, o nome de António Topa, próximo de Salvador Malheiro, vice-presidente da Comissão Permanente Nacional e líder da distrital social-democrata, é apontado para concorrer por este distrito. Em 2015, António Topa entrou para deputado pela quota nacional do presidente do partido, então Pedro Passos Coelho, embora tenha sido também indicado pela concelhia de Ovar, que na altura era presidida pelo ex-vereador, Pedro Coelho.

Sugerir correcção
Comentar