Cristiano Ronaldo desfez a Juventus

Em Turim, houve dois golos e uma assistência do português no triunfo do Real Madrid. Em Sevilha, o Bayern Munique foi mais eficaz e já reservou um lugar nas meias-finais da Champions.

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Cristiano Ronaldo LUSA/ANDREA DI MARCO
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Cristiano Ronaldo LUSA/ALESSANDRO DI MARCO
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Cristiano Ronaldo Reuters/MASSIMO PINCA
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Cristiano Ronaldo Reuters/TONY GENTILE
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Thiago Alcântara Reuters/SERGIO PEREZ

Quantas noites de glória já teve Cristiano Ronaldo? Muitas, e o mais recente exemplo foi dado nesta terça-feira, em Turim: não era um adversário qualquer, mas o português fez da primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões um passeio para o Real Madrid. No terreno da Juventus, a equipa orientada por Zinedine Zidane venceu por 0-3, impondo aos italianos a derrota caseira mais pesada desde que se mudaram para o Juventus Stadium, e, praticamente, garantindo um lugar nas meias-finais.

Cristiano Ronaldo não quis perder tempo. O português inaugurou o marcador aos 2m47s, fazendo o golo mais rápido da carreira em partidas da Liga dos Campeões, segundo a empresa de estatística desportiva Opta. Ronaldo estabeleceu também um novo recorde da Champions: tornou-se no primeiro a marcar em dez jogos consecutivos, superando a marca que pertencia ao holandês Ruud van Nistelrooy, em 2003, pelo Manchester United.

A Juventus reagiu e tentou reequilibrar o encontro (Higuaín, após livre de Dybala, viu Navas negar-lhe o empate com uma grande defesa por instinto), mas seria o Real Madrid a estar mais perto do golo: um disparo de Kroos, de longe, embateu com estrondo na trave da baliza da Juventus (36’). Buffon não chegava à bola.

O melhor estava reservado para a segunda parte. Chiellini e Buffon desentenderam-se, com o defesa a desviar a bola do guarda-redes. Cristiano Ronaldo não desistiu do lance, recuperou a bola que sobraria depois para Carvajal na direita — este fez o cruzamento para um golo extraordinário do internacional português, num pontapé “de bicicleta” que deixou Buffon sem reacção. Estava feito o 119.º golo de Cristiano Ronaldo na Liga dos Campeões.

As perspectivas da Juventus pioraram pouco depois, quando Dybala foi expulso, por acumulação de amarelos, após uma entrada despropositada sobre Carvajal (66’). Em inferioridade numérica, os italianos não conseguiram impedir o Real Madrid de fazer mais um golo: desta vez, Cristiano Ronaldo ocupou-se da assistência, deixando Marcelo em excelente posição. O brasileiro fez a bola passar por Buffon e depois, sobre a linha, confirmou o golo.

A reedição da última final da Champions ainda podia ter terminado com um resultado mais volumoso. Kovacic, à entrada da área, voltou a acertar na trave. E, já no período de compensação, Cristiano Ronaldo deixou escapar a oportunidade de completar o “hat-trick”. O passe de Lucas Vázquez pareceu ser ligeiramente atrasado e o português, sozinho, viu a bola subir demasiado quando quando lhe meteu o pé.

Autogolos em Sevilha

O empate a dois golos, no passado fim-de-semana, frente ao Barcelona, em jogo da Liga espanhola, foi o teste ideal para o Sevilha preparar o embate desta terça-feira, para a Liga dos Campeões, contra o Bayern Munique. Contra uma equipa que pode ser considerada de veterana na prova — o Bayern é recordista de presenças nesta fase da competição (disputou por 17 vezes os quartos-de-final da Champions), o Sevilha até entrou bem e durante boa parte dos primeiros 45 minutos, assustou várias vezes o guarda-redes Ulreich, mas perdeu em sua casa por 2-1.

Sem Banega (ausente da equipa sevilhana por castigo) foi Sarabia o homem mais perigoso da formação de Vincenzo Montella. O espanhol ameaçou aos 20’, falhando o alvo, obrigou o guarda-redes alemão a aplicar-se aos 31’ e, um minuto depois, inaugurou mesmo o marcador. O Sevilha acreditava (ainda mais) ser possível repetir o feito da eliminatória anterior, quando eliminou o favorito Manchester United da prova.

Só que o Bayern Munique não se intimidou. Os germânicos, virtuais campeões alemães (têm 17 pontos de vantagem sobre o segundo a seis jornadas do fim) reagiram e também contaram com a sorte. Cinco minutos depois, um cruzamento de Ribéry foi desviado para a própria baliza por Jesus Navas.

O autogolo deu ainda mais tranquilidade ao Bayern, que chegou a Espanha poucos dias depois de uma encorajadora goleada na Bundesliga sobre o Borussia Dortmund (6-0). E, no segundo tempo, sem nunca sufocar o Sevilha, a equipa de Jupp Heynckes foi construindo perigosos contra-ataques, vendo um deles acabar no fundo da baliza. Ribéry fez o centro e o cabeceamento de Thiago Alcântara bateu no corpo de Escudero, enganando, pela segunda vez o guarda-redes David Soria.

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