Um dos maiores retalhistas norte-americanos deixa de vender armas semiautomáticas

A Dick’s Sporting Goods anunciou também que vai deixar de vender carregadores de munições de grande capacidade e quaisquer armas a pessoas com menos de 21 anos.

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Reuters/JOSHUA ROBERTS

A Dick’s Sporting Goods, um dos maiores retalhistas de desporto dos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira que vai deixar de vender armas semiautomáticas nas suas lojas.

O anúncio da empresa surge na sequência do tiroteio na Escola Secundária de Marjorie Stoneman, em Parkland, na Florida, onde morreram 17 pessoas, assassinadas com uma arma semiautomática, e da pressão cada vez maior para que se altere a política relativamente à venda e posse de armas nos EUA.

A empresa diz também que vai deixar de vender carregadores de munições de grande capacidade e quaisquer armas a pessoas com menos de 21 anos, independentemente da legislação dos locais onde estejam situadas as lojas, explica o The New York Times.

O jornal norte-americano descreve a medida como o maior passo dado por uma grande empresa norte-americana relativamente à questão das armas nos EUA.

A venda das armas semiautomáticas é permitida nos EUA – ao contrário das armas automáticas, que estão proibidas, e que disparam vários tiros pressionando apenas uma vez no gatilho. E é este tipo de armas que é geralmente utilizado nos vários massacres que ocorrem em território norte-americano. 

Na semana passada, várias empresas anunciaram que abandonavam o acordo com a poderosa Associação Nacional de Armas (NRA, na sigla em inglês), que dava acesso a descontos e ofertas aos associados. A Hertz, as companhias de aviação Delta e United Airlines e outras foram algumas das empresas que quebraram as parcerias, após terem sido alvos da campanha online #BoycottNRA

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