Sindicato quer pelo menos 2% da despesa pública no ensino superior

Sindicato diz que vários organismos têm vindo a degradar as condições de docência e investigação, propondo sucessivamente "maiores horários de trabalho, com menores vencimentos e em situações cada vez mais precárias".

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Paulo Pimenta

O Sindicato Nacional do Ensino Superior (Snesup) reivindicou nesta segunda-feira um reforço do financiamento do sector para um mínimo de 2% da despesa pública, bem como o imediato desbloqueamento das progressões na carreira.

A estrutura sindical anunciou que, na sequência do conselho nacional que realizou no fim-de-semana, decidiu exigir o fim da lógica de cortes orçamentais na gestão das instituições de ensino e a urgente abertura de concursos para as categorias de professor auxiliar, catedrático, coordenador e coordenador principal, por forma a "cumprir os rácios estabelecidos" até ao final da legislatura.

O sindicato afirma que as resoluções aprovadas têm por base um quadro de subfinanciamento do ensino superior público em Portugal, que apresenta "a mais baixa percentagem de despesa pública (0,8%) de toda a OCDE", cuja média é de 2,3%".

O Snesup refere, em comunicado, que vários organismos de ensino superior público apresentaram excedentes, acumulados com saldos de gerência, verificando-se um superavit total conjugado nestas contas que totalizou 67 milhões de euros" em 2016.

De acordo com esta estrutura, vários organismos têm vindo a degradar as condições de docência e investigação, propondo sucessivamente "maiores horários de trabalho, com menores vencimentos e em situações cada vez mais precárias".

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