FCT anuncia que vai atribuir 1441 bolsas de doutoramento em 2017

A taxa de sucesso na aprovação de candidaturas foi de 37%, refere a Fundação para a Ciência e Tecnologia em comunicado. Foram atribuídas 900 bolsas de doutoramento, a que se juntam mais de 500 bolsas atribuídas nos Programas de Doutoramento FCT

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evr Enric Vives-Rubio

A Fundação para a Ciência e a Tecnologia divulgou esta quinta-feira os resultados do Concurso aberto em 2017 para a atribuição de bolsas de doutoramento associadas ao concurso de candidaturas individuais. Tal como o ministro da Ciência, Tecnologia e de Superior, Manuel Heitor, antecipou na terça-feira, durante a audição no Parlamento, foram aprovadas este ano um total de quase 1500 bolsas.

“Foram atribuídas 900 bolsas de doutoramento, a que se juntam as mais de 500 bolsas atribuídas nos Programas de Doutoramento FCT. Serão assim atribuídas 1441 bolsas de doutoramento em 2017. Desde 2011 que a FCT não financiava um número de bolsas de doutoramento tão alto num único ano”, refere o comunicado. No concurso de 2017, adianta a FCT, foram submetidas 2760 candidaturas, das quais 2453 foram consideradas válidas para avaliação. “Este ano verificou-se uma taxa de sucesso de 37%; em 2016, a taxa equivalente foi de 33% e em 2015 de 18%.”

Os bolseiros agora seleccionados para financiamento podem fixar a data de início do seu plano de trabalhos entre 1 de Setembro de 2017 e 31 de Agosto de 2018 e os candidatos que não foram seleccionados e discordam da decisão têm até 10 dias para apresentar os seus argumentos junto do painel científico.

Na terça-feira, Manuel Heitor já tinha avançado os dados agora divulgados pela FCT, considerando que “podemos dizer que estamos num processo claro de retoma daquilo que é a evolução de uma política centrada em recursos humanos”. “Se em 2016 recuperamos uma parte do atraso perdido durante alguns anos, em 2017, ainda até ao final da semana, serão anunciadas as bolsas que nos levam a índices de cerca de 1500 novas bolsas por ano", afirmou Manuel Heitor, acrescentando que o período de recessão económica "está em parte ultrapassado".

Na mesma sessão, o ministro da Ciência respondeu às criticas sobre os pagamentos em atraso das bolsas atribuídas em anos anteriores, referindo que a equipa da FCT lhe transmitiu que existem apenas atrasos de cerca de um mês no pagamento de 26 bolsas, num universo de 1162 processos de contratualização. Ainda na mesma audição, Manuel Heitor também adiantou que pediu à Inspecção-Geral da Ciência (IGEC) uma inspecção “em todas as instituições”, incluindo unidades de investigação e universidades, para avaliar os processos de atribuição de bolsas e eventuais abusos no recurso à figura do bolseiro. A pedido do ministro da Ciência, a IGEC vai ainda analisar a actuação da FCT ao longo do processo que terminou com o cancelamento da bolsa a dois doutorados que prestavam assessoria técnica à direcção da instituição.

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