Marcelo: "Foi uma luta convencer os investidores" por causa do PCP e BE

O Presidente da República diz que existe agora "um especial interesse em Portugal".

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Marcelo dá nota de algum preconceito em relação à esquerda por parte dos investidores LUSA/JOÃO RELVAS

Portugal enfrentou as dúvidas e cepticismo dos investidores em relação à solução governativa formada à esquerda nas eleições legislativas de 2015, conta o Presidente da República. Em declarações à TSF, Marcelo Rebelo de Sousa confessa que no início do seu mandato encontrou “esse preconceito”.

“Vários investidores internacionais e alguns investidores internos, não todos, mas alguns, tinham sistematicamente dúvidas sobre o cumprimento dos compromissos europeus, a nível das contas públicas e estabilidade política” em relação ao Governo apoiado pelo PCP e BE, afirma Marcelo.

“Foi uma luta ao longo de 2016 para que esses sectores aceitassem e percebessem”, diz o Presidente da República. Agora, considera que esta percepção dos investidores não é a mesma. “Mudou muito apreciavelmente”, avalia Marcelo. “O problema", diz o Presidente é que "investidores é que têm o dinheiro e por isso têm a última palavra".

Afastando a ideia de que exista “uma moda para investir em Portugal”, o Presidente da República considera, no entanto, que “há um especial interesse em Portugal” e argumenta que isso se vê no turismo, por exemplo.

“Há uma abertura, uma apetência para o investimento. Venha o investimento de países europeus, da China, venha de países árabes, é muito importante criar condições para esse investimento”, conclui.

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