A política e a moda, depois da guerra

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Christopher Morris DR

Quem é Christopher Morris?

Volta e meia, Christopher Morris dá guinadas bruscas na carreira que já leva mais de 35 anos. Uma das últimas mudanças de direcção levaram-no para a fotografia de moda, onde tem trabalhado com intensidade para várias marcas e criadores de renome mundial. Da fotografia de moda diz que é o “contrário absoluto” do que foi, quase sempre, a sua carreira como fotojornalista. Se a primeira lida com a beleza e a fantasia, a segunda lida mais com a fealdade e com o “nacionalismo cego da política”.

Morris começou a fotografar em 1981, depois de concluir formação académica na Florida e em Nova Iorque. Nesse ano foi estagiário da agência Black Star, onde permaneceu até 2001. Cobriu o primeiro conflito armado (Filipinas, 1983) ao serviço da Newsweek, mas foi a Time que o contratou para os quadros em 1990, revista para a qual trabalha ainda hoje.

Tornou-se um reputado fotojornalista sobretudo pelas reportagens das guerras na antiga Jugoslávia, onde fotografou durante nove anos. Documentou perto de 20 conflitos, entre os quais as guerras do Golfo, Afeganistão e Tchetchénia. Em 2000, cansado da guerra e com duas filhas recém-nascidas, tornou-se correspondente da Time na Casa Branca, trabalho que manteve até 2009. A partir da cobertura de assuntos políticos internos, construiu uma obra que tenta dar uma visão alternativa da América das eras presidenciais de Bush e de Obama.

Recebeu inúmeros prémios, entre os quais a Medalha de Ouro Robert Capa, dois Infinity Awards de fotojornalismo do International Center of Photography, bem como vários prémios da World Press Photo. Morris (Califórnia, 1958) é fundador da Agência VII de fotojornalismo, com sede em Nova Iorque. Para além da fotografia, também costuma trabalhar com vídeo.

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