Gary Burton e Marc Ribot nos Encontros de Jazz de Coimbra

Festival começa esta quarta-feira e decorre até sábado entre o Salão Brazil e o Convento de São Francisco.

Foto
Gary Burton DR

Os norte-americanos Gary Burton, vibrafonista, e Marc Ribot, compositor e guitarrista, são dois dos músicos que actuam nos Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra, que têm início esta quarta-feira com um concerto do Ensemble Portugal em Jazz.

O multipremiado Gary Burton é a figura maior do cartaz deste ano dos encontros, que decorrem até sábado, dia 22, marcando a sua 14.ª edição ininterrupta com uma vontade de crescer enquanto festival, em público e em reconhecimento.

O vibrafonista norte-americano, que se cruzou ao longo da carreira com músicos como Keith Jarrett, Pat Metheny ou Stan Getz, actua em Coimbra na quinta-feira, no auditório do Convento de São Francisco, partilhando o palco com a cantora Maria João e o quinteto do guitarrista português Sandro Norton.

O guitarrista Marc Ribot, que já colaborou com Tom Waits e John Zorn, marca o encerramento do festival no dia 22, no Salão Brazil, apresentando-se com os Ceramic Dog, que juntam o compositor norte-americano com Shahzad Ismaily e Ches Smith.

Na abertura dos encontros, o Ensemble Portugal em Jazz vai tocar as obras com que Vasco Miranda venceu a primeira edição do Prémio de Composição Bernardo Sassetti.

O trio da saxofonista norueguesa Mette Henriette, que lançou um disco pela reputada editora ECM, actua na Igreja do Convento de São Francisco, na sexta-feira, num concerto que se espera "minimalista", disse o director do Jazz ao Centro Clube (JACC), José Miguel Pereira.

No programa há ainda uma actuação dos músicos John Butcher, Agustí Fernandez, Hugo Antunes e Roger Turner na Igreja do Convento (quinta-feira), e o Salão Brazil será palco de concertos do duo Eve Risser e Marcelo dos Reis e da banda brasileira Orquestra Nomade, que incorpora elementos de jazz, funk e soul.

Em quatro dias, o público poderá encontrar uma "programação diversa" – intenção da própria organização, que no início procurava focar-se no pós-bop e free jazz, referiu o director do JACC.

O festival, organizado por este organismo e pela Câmara Municipal de Coimbra, tem um orçamento de cerca de 40 mil euros, contando com o patrocínio da Caixa Geral de Depósitos.

Os encontros "correspondem às possibilidades" do JACC, sendo que um reforço orçamental nos próximos anos seria "fundamental para se aproximar do que acontece noutras cidades" em Portugal e na Europa, disse o director, quando da apresentação do programa, no final de Setembro.

O evento irá também fazer gravações de concertos para posterior edição em disco, tendo já contabilizado 17 registos gravados no âmbito do festival, desde o seu começo, em 2003. 

Sugerir correcção
Comentar