Benfica vence e pede encarecidamente que o campeonato termine

Mais um triunfo pela margem mínima permitiu aos “encarnados” estender a vantagem no topo da classificação para o Sporting e assistir ao clássico de barriga cheia.

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Jardel marcou o único golo da partida Carlos Costa/AFP
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Mitroglou batalha contra a defesa vitoriana Carlos Costa/AFP
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Sérgio Conceição foi expulso ainda na primeira parte Carlos Costa/AFP
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Raúl Jimenez acertou uma bola no poste da baliza do Vitória Carlos Costa/AFP
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O Estádio da Luz encheu para o jogo Carlos Costa/AFP

Para o Benfica, quanto mais depressa este campeonato terminar melhor. A equipa de Rui Vitória já não consegue disfarçar o cansaço acumulado e a maior parte dos jogadores “rebenta” muito antes de o cronómetro atingir os 90 minutos. Por isso, não é de estranhar que, nesta fase, qualquer triunfo seja conseguido à base de muito sofrimento e sem ponta de brilhantismo, como o desta sexta-feira, na Luz, frente ao Vitória de Guimarães (1-0).

Sem o virtuosismo de Gaitán, sem o sentido de oportunidade de Mitroglou, sem a clarividência de Jonas, sem o dinamismo de Pizzi e sem o "furacão" Renato Sanches a empurrar a equipa para a frente, o futebol do Benfica ressente-se e de que maneira.

O bicampeão esforça-se para conseguir criar perigo junto das balizas adversárias mas os lances de golo já quase só nascem de bolas paradas ou da inspiração de um dos poucos jogadores do plantel que está fresco: o suplente mais valioso deste campeonato, Jiménez.

Nesta sexta-feira, perante um V. Guimarães já sem aspirações a nada e a atravessar um dos piores momentos da temporada (12 jogos sem vencer) o Benfica voltou a padecer de todas aquelas dificuldades. A equipa de Rui Vitória desperdiçou toda uma primeira parte, período durante o qual não criou uma real oportunidade de golo, embatendo vezes sem conta num pedaço da muralha de Guimarães que o Vitória transportou até à Luz.

E foi preciso esperar pelo segundo tempo e, claro, por um lance de bola parada para que o Benfica chegasse ao golo. Cobrança de Gaitán, cabeceamento de Jardel e igualdade desfeita logo depois do intervalo (47’) para delírio de um estádio muito bem composto.

Em desvantagem, esperava-se que o Vitória (já sem Sérgio Conceição no banco, expulso pelo árbitro sem que se percebesse bem porquê) perdesse de vez a atitude pouco ambiciosa que revelou até essa altura. Mas foi preciso esperar pelos últimos 20 minutos do encontro para se ver um pouquinho de ousadia. E ela surgiu, acima de tudo, por exaustão benfiquista.

Aos 67’, a Luz emudeceu quando Jardel, o autor do golo, fez um mau atraso e ofereceu a bola a Hurtado, que tirou Ederson do caminho mas demorou a rematar. Tempo suficiente para André Almeida salvar em cima da linha de baliza.

A resposta surgiu de bola parada, só podia. Gaitán, num livre directo tirou tinta ao poste da baliza de Miguel Silva, mas, pouco depois, Hurtado teve novamente o empate nos pés. Desta vez, foi Ederson que aproveitou a demora do vitoriano no controlo da bola e no remate para defender.

Jiménez ainda tentou a sua sorte, primeiro num lance individual e depois num "disparo" à barra, mas desta vez o mexicano não seria talismã. O resultado não se alteraria, deixando os “encarnados” um passo mais perto do tricampeonato. Uma ajuda do FC Porto no sábado, frente ao Sporting, seria uma bênção para um Benfica que não se aguenta muito mais tempo em pé.

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