Ben Carson, que chegou a ser um dos principais candidatos à nomeação republicana, anunciou, oficialmente, o abandono da corrida às eleições dos Estados Unidos da América. O neurocirurgião reformado já deixara indícios, esta semana, que este seria o próximo passo.

A confirmação chegou, como se esperava, na sexta-feira, durante a Conferência da Acção Política Conservadora, precisamente na capital norte-americana, Washington. “Vou deixar o trilho da campanha”, disse, citado por vários órgãos de comunicação internacionais, justificando: “Há muita gente que me adora, mas simplesmente não votará em mim”.

As palavras do agora ex-candidato a candidato foram recebidas com uma ovação de pé, à qual o antigo cirurgião de 64 anos respondeu com a garantia de que não vai abandonar a intervenção política. “Vou continuar fortemente envolvido na tentativa para salvar a nação”, disse. O que não disse foi qual o candidato, dos que ainda estão na corrida, pretende apoiar agora.

Ben Carson chegou a ser um dos mais fortes candidatos republicanos a conquistar a nomeação presidencial, mas a campanha estagnou nos últimos meses, depois do que foi considerada uma fraca prestação ao nível da política internacional e algumas questões relacionadas com o seu passado. Na corrida presidencial não conquistou mais do que oito delegados, antes do anúncio da suspensão da candidatura.

Na quarta-feira, depois de mais uma derrota, durante a Super Terça-feira, Carson anunciara não “ver o caminho político em frente” e indicara que não iria participar no debate entre candidatos republicanos, no dia seguinte, remetendo para sexta-feira uma declaração sobre o “futuro deste movimento”.

A desistência de Carson reduz o campo de candidatos republicanos a quatro pessoas: Donald Trump, Marco Rubio, Ted Cruz e John Kasich, que muitos esperam ser o próximo a sair.