Pais da CNIPE não querem exames dos 6.º e 9.º anos

Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação contra exames no final de ciclo.

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As provas não contam para a nota final dos alunos Enric Vives Rubio

A Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) defendeu nesta terça-feira a eliminação dos exames nacionais do 6.º e 9.º anos, tal como já aconteceu com os do 4.º ano.

Começando por sublinhar que concordam com a decisão de eliminar os exames do 4º ano, os órgãos sociais da CNIPE entendem que o mesmo deverá acontecer com as provas nacionais de Matemática e Português do 2.º e 3.º ciclo. "Promover o sucesso escolar deve ter por base um real investimento na escola pública (condições, número de alunos por turma, número de professores, objectivos, técnicos especializados...) e não a realização de exames que põem em causa a valorização de todo o trabalho e de todas as aprendizagens realizadas ao longo do ano lectivo", lê-se no comunicado divulgado pela presidente da CNIPE no final da reunião dos órgãos sociais, que decorreu em Viseu.

No entanto, caso o Ministério da Educação decida manter os exames do 6.º e 9.º anos, os encarregados de educação sugerem que sejam realizados fora do período lectivo, para não perturbar o normal funcionamento das aulas.

A CNIPE critica também o Preliminar English Test (PET), o novo exame de inglês obrigatório para todos os alunos do 9.º ano, considerando que "a escola pública não deve estar ao serviço de uma instituição privada" e que aquela prova "continua a criar desigualdades de acesso à certificação pela Cambridge já que é paga pelos pais". Recorde-se que a prova é promovida pela Universidade de Cambridge, Reino Unido.

"Consideramos, também, que o facto de a certificação ser feita por uma entidade exterior ao Ministério e Educação é um completo desrespeito pela formação dos professores e professoras de Inglês e a todo o sistema público de ensino", conclui a CNIPE.

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