Suspeito de triplo homicídio na Quinta do Conde fica em prisão preventiva

Homem de 77 anos já teve alta hospitalar, tendo sido sujeito esta quinta-feira à tarde a primeiro interrogatório judicial.

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O homem de 77 anos que terá morto a tiro um vizinho, agente da PSP, o seu filho e um militar da GNR no sábado passado na Quinta do Conde, em Sesimbra, foi ouvido por um juiz de instrução na tarde desta quinta-feira no tribunal de Setúbal, e ficou em prisão preventiva. O suspeito, que já teve alta hospitalar, vai ser agora conduzido a um estabelecimento prisional, onde aguardará o desfecho do processo.

A informação foi transmitida ao PÚBLICO pela assessora de imprensa da Procuradoria-Geral da República, Sandra Duarte. A inquirição começou ao fim da tarde desta quinta-feira, tendo-se prolongado por cerca de duas horas. 

O alegado homicida, um construtor civil reformado, foi ouvido formalmente pela Polícia Judiciária na terça-feira, num interrogatório que terminou já depois da meia-noite. Na sequência dessa audição o suspeito foi formalmente detido, tendo sido apresentado esta quinta-feira ao juiz de instrução. 

Até ao momento a Polícia Judiciária não encontrou nenhum indício que aponte para a premeditação dos crimes, nem nenhum episódio que tenha funcionado como rastilho para os crimes. 

Contudo, as desavenças entre o septuagenério e o agente da PSP de 52 anos já tinham vários anos, tendo aliás dado origem a pelo menos dois processos judiciais. Na origem do conflito estava um cão que pertencia ao polícia.

De acordo com relatos de vizinhos, o agente, que estava destacado como motorista do gabinete do primeiro-ministro, estaria na rua junto ao seu automóvel quando foi atingido. O filho, de 23 anos, também estava consigo, tendo sido igualmente atingido pelos tiros de caçadeira que terão sido disparados pelo antigo construtor civil a partir de uma das janelas de sua casa.

O polícia ficou prostrado no chão e terá morrido de imediato. O filho, que o acompanhava, foi também atingido e ficou então gravemente ferido. Foi assistido pelo INEM, mas acabou também por morrer já ao início da noite no Hospital S. Bernardo, em Setúbal.

Alertada por vários populares a GNR foi enviada para o local. O militar de 25 anos  estava a ajudar os dois homens baleados, quando foi atingido, tendo-se tornado a terceira vítima mortal deste caso. 

O suspeito ter-se-à tentado suicidar de seguida. Foi hospitalizado devido aos ferimentos, tendo tido alta hospitalar na terça-feira passada.

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