Lego aumenta lucros em 27% e reforça liderança na indústria dos brinquedos

Empresa encaixa os melhores resultados semestrais de sempre graças a novos produtos e crescimento na China. A fraqueza da coroa dinamarquesa face ao euro também ajudou.

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Lego prevê crescimento acima dos dois dígitos no mercado chinês. AFP PHOTO / TIMOTHY A. CLARY

Se 2014 foi o melhor ano de sempre para a Lego, em 2015, a empresa dinamarquesa continua a melhorar o desempenho. Depois de o lucro ter crescido 14% no total do ano passado, só na primeira metade deste ano, disparou 27% e as receitas subiram 23% em comparação com igual período de 2014.

Com estes resultados, os dinamarqueses cimentam a posição de liderança na indústria dos brinquedos, depois de terem ultrapassado os norte-americanos da Hasbro no sector. Para que se tenha um termo de comparação, entre Janeiro e Junho, o resultado líquido operacional da Hasbro, responsável por produtos como o Monopólio e o Meu Pequeno Pónei, foi de 130 milhões de dólares (115,6 milhões de euros), tendo crescido 8,6%. Já a Lego atingiu um lucro operacional de 700 milhões de dólares (622,5 milhões de euros), muito acima do desempenho alcançado pela principal concorrente.

Também em vendas os dinamarqueses ultrapassam os rivais. Nos primeiros seis meses do ano, encaixaram 2,1 mil milhões de dólares (1,87 mil milhões de euros), sendo que a Mattel (dona da Barbie e dos Hot Wheels) registou um volume de vendas de 1,9 mil milhões de dólares e a Hasbro de 1,5 mil milhões de dólares. A Mattel apresentou prejuízos de cerca de 54 milhões de dólares.

Segundo a empresa fundada em 1932, a impulsionar os resultados estão ninjas, elfos e os dinossauros do Jurassic Park. Ou seja, as três séries temáticas de produtos que a Lego lançou tiveram um impacto positivo nas vendas, mas a fraqueza da coroa dinamarquesa face ao euro ajudou. Assim como a facturação no mercado asiático.

Numa entrevista à Bloomberg, o vice-presidente executivo, John Goodwin, referiu que a China é o mercado onde a empresa deposita mais esperanças, prevendo um crescimento de dois dígitos na segunda maior economia do mundo. A companhia conta expandir a unidade fabril que tem em funcionamento em território chinês. Actualmente, a fábrica emprega 230 trabalhadores, mas a Lego estima que este número possa subir para 600 até ao final do ano. Está prevista a inauguração de uma fábrica na República Checa também até ao fim de 2015.

No documento de apresentação de resultados, a empresa dinamarquesa anuncia que duplicou o número de trabalhadores entre 2010 e 2015 para 15 mil.

Uma das épocas mais decisivas do ano para a indústria dos brinquedos é o Natal, pelo que a Lego perspectiva melhorar os registos até Dezembro. O ano passado foi o melhor da história da empresa mas, como salientou o presidente-executivo Jørgen Vig Knudstorp, para 2015 é esperado um novo ano de “resultados satisfatórios”. 

A juntar à época festiva, está agendada para Dezembro a estreia de um novo filme da saga Star Wars, sobre a qual a Lego tem uma linha de produtos.

O Filme Lego, um sucesso de bilheteira, foi um dos principais propulsores dos resultados em 2014, graças à venda de produtos relacionados.

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