Há 11 mil islandeses dispostos a receber refugiados sírios

Para já, o país só aceita processar 50 pedidos de asilo por ano

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A capital da Islândia, Reiquejavique Odd ANDERSEN/AFP

Mais de 11 mil islandeses declararam-se disponíveis para acolher refugiados sírios nas suas casas, numa campanha destinada a pressionar o Governo a elevar a quota de 50 pedidos de asilo por ano que diz estar disposto a aceitar.

A escritora e professora Bryndís Björgvinsdóttir propôs no domingo no Facebook aos seus concidadãos que se pronunciassem se desejassem que a Islândia (e os seus cerca de 330 mil habitantes) acolhesse mais refugiados sírios. Esta terça-feira a meio do dia, mais de 11 mil pessoas já tinham respondido favoravelmente ao apelo.

“Sou uma mãe solteira com um filho de seis anos (…), nós podemos acolher uma criança necessitada. Sou professora e podia ensiná-la a falar, ler e escrever em islandês e a adaptar-se à sociedade islandesa. Temos roupas, uma cama, brinquedos e tudo o que uma criança precisa”, escreveu, por exemplo, Hekla Stefansdóttir.

Com o número de apoiantes da iniciativa de Björgvinsdóttir a crescer sem parar, a ministra dos Assuntos Sociais Eygló Hardardóttir anunciou aos microfones da rádio RUV que o Governo estava a analisar todas as ofertas recolhidas na página do Facebook e que o primeiro-ministro Sigmundur Davíð Gunnlaugsson está empenhado em reavaliar o número de refugiados que o país está disposto a receber. “Vamos explorar todas as possibilidades”, disse a ministra.

Segundo as estatísticas nacionais, a Islândia, ilha vulcânica do Norte do Atlântico, próxima do círculo polar ártico, acolheu 1117 imigrantes em 2014.

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