Trabalhadores da Groundforce em greve por 48 horas

A ANA - Aeroportos de Portugal aconselha os passageiros a fazer o seu check in através da Internet.

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O SITAVA mprevê constrangimentos no funcionamento dos serviços prestados pela Groundforce Rui Gaudêncio

Os trabalhadores da Groundforce iniciaram este sábado uma greve que se irá estender até domingo e para a qual os sindicatos preveem "forte adesão". A paralisação tem como objectivo reclamar a revisão dos horários de trabalho e os salários.

Fernando Henriques, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), disse à agência Lusa que a paralisação foi ratificada por 96% dos trabalhadores que participaram na tarde de sexta-feira num plenário realizado em Lisboa.

"Depois dos contactos que fizemos esta semana com os trabalhadores e da elevada participação no plenário acredito que esta greve terá uma forte adesão", disse.

Segundo o sindicalista, a greve deverá afectar a assistência em terra nos aeroportos portugueses, apesar dos serviços mínimos que foram definidos, o que deverá levar ao cancelamento e ao atraso nos voos, sobretudo no Porto, onde todos os trabalhadores são efectivos.

Os trabalhadores da Groundforce contestam a "postura de desrespeito" da empresa de assistência em terra e reivindicam a revisão dos horários de trabalho e salários e o fim da precariedade laboral.

Fernando Henriques salientou "o uso e abuso de horários penalizadores, a utilização abusiva de trocas de horário e a proliferação da precariedade, com centenas de trabalhadores temporários e falsos prestadores de serviços".

Segundo o SITAVA, a greve deste fim de semana abrange também os trabalhadores das cinco empresas de trabalho temporário que prestam serviço de handling - Adecco, Cross Staff, Multitempo, Inflight Solutions e RH Mais.

A ANA - Aeroportos de Portugal já alertou para a possibilidade de o tráfego aéreo "sofrer algum constrangimento" no fim-de-semana devido à greve e aconselhou os passageiros a fazer o seu check in através da Internet.

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