Banco de Portugal prolonga mandato de Máximo dos Santos no ex-BES

Gestor vai ficar mais um ano à frente do “banco mau”.

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Antes do BES, Máximo dos Santos já tinha presidido à comissão de liquidação do BPP. Enric Vives-Rubio

De acordo com o comunicado enviado nesta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Banco de Portugal renovou o mandato de Máximo dos Santos na administração do BES.

Com o mandato “prorrogado”, Máximo dos Santos mantém-se à frente do banco que ficou com activos tóxicos do antigo Banco Espírito Santo “até ao prazo máximo de um ano” ou até "à data da revogação da autorização do Banco Espírito Santo". Para além do presidente do conselho de administração, a renovação inclui também outros membros do concelho de administração de fiscalização.

Antes da nomeação para o cargo no Verão de 2014, Máximo dos Santos já tinha presidido à comissão liquidatária do Banco Privado Português (BPP).

No conselho de administração presidido por Luís Máximo dos Santos estão também os vogais César Bento Brito e Miguel Morais Alçada. Já no conselho de fiscalização, ao qual preside José Vieira dos Reis, foram reconduzidos os vogais Rogério Manuel Fernandes Ferreira e Vítor Manuel G. Pimenta e Silva

Há precisamente um ano, a 3 de Agosto de 2014, o Banco de Portugal, através de uma medida de resolução, tomou conta da instituição fundada pela família Espírito Santo e anunciou a sua separação, ficando os activos e passivos de qualidade num 'banco bom', denominado Novo Banco, e os passivos e activos tóxicos no BES, o 'banco mau' (bad bank), sem licença bancária.

Quatro dias antes, a 30 de Julho de 2014, o BES anunciou a existência de novas imparidades no balanço relativo ao exercício de 2014, num valor que ascendia a 4,3 mil milhões de euros, o que deu origem a 3,6 mil milhões de euros nesse período.

O Novo Banco é administrado por Eduardo Stock da Cunha, que sucedeu ao demissionário Vítor Bento pouco mais de um mês depois, em Setembro.

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