A nova vaga inRes: projectos, próteses e videojogos

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Foto de família do inRes 2015 Fotos: Fernando Veludo/nFACTOS
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Frederico (esq.) e Mario, fundadores da Adapttech, propõem uma solução para melhorar a colocação de próteses a amputados de membros inferiores
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Pedro (esq.) e Francisco criaram a Sceelix e apostam no mercado americano para vender a solução que melhora os cenários 3D em videojogos
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César (esq.) e Pedro fundaram a Scraim a partir de outra start-up criada na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
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Luís (esq.) e Pedro propoem uma aplicação móvel que permitirá a qualquer pessoa criar videojogos a partir de desenhos feitos em papel

Uma das iniciativas do programa Carnegie Mellon University (CMU) Portugal chama-se inRes e leva equipas de empreendedores português até aos EUA. Em breve, quatro equipas vão atravessar o Atlântico e desenvolver as ideias de negócio num mercado gigante e maduro. Antes da partida, ouvimos cada equipa a apresentar o seu elevator pitch (curta apresentação da ideia com o objectivo de convencer investidores ou clientes).

Adapttech (Porto)
Frederico Carpinteiro e Mario Sáenz Espinoza são ambos engenheiros biomédicos. O primeiro tem mestrado, o segundo um doutoramento. A start-up está incubada na UPTEC, da Universidade do Porto. O problema que identificaram tem a ver com a metodologia frequentemente utilizxada para optimizar a adaptacção de uma prótese do membro inferior a um amputado. Em vez da tentativa-erro, que “leva a maus resultados” e “à repetição do procedimento”, a Adapttech desenvolveu uma solução de adaptação inteligente para eliminar o erro. É uma ferramenta para técnicos de prótese e que aumenta o conforto para os amputados. Na prática? Uma “meia sensorizada” que é usada no coto para criar o perfil de pressão e temperatura no dia-a-dia, o que permite melhorar o encaixe.

Sceelix (Porto)
O último salário que Pedro Silva ganhou era de 1000 euros, como bolseiro de doutoramento. No mercado nacional poderia estar a ganhar 1500, ou quatro vezes mais se estivesse disponível para emigrar para a Suíça, diz. Mas tal como o seu colega, Francisco Rebello de Andrade (ambos engenheiros informáticos), abdicou dessa oportunidade em nome de uma ideia de negócio, uma solução que pretende melhorar o ambiente 3D em jogos. O problema que querem resolver é o dos que concebem ambientes 3D complexos para jogos, como cidadees ou florestas. A ferramenta que a Sceelix quer levar ao mercado permite maior qualidade, rapidez e eficiência na criação desses ambientes. Já há quem tenha mostrado interesse na solução, mas ainda não há validação. Estão nisto em quatro meses, começaram pelo mercado português e esperam que o mercado americano, que apresenta maior potencial, possa dar-lhes uma oportunidade a partir desta iniciativa do programa CMU Portugal.
Scraim (Porto)
Pedro Castro Henriques já não é propriamente um novato em start-ups. É o CEO da Strongstep, que nasceu na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e agora, com César Duarte, engenheiro informático, é um dos progenitores de uma nova spin-off da Strongstep. No fundo, uma filha da investigação vai dar à luz a sua própria filha. O produto da Scraim pretende resolver a falha no desenvolvimento de projectos. E “os problemas são quase sempre os mesmos”, diz César Duarte – a falha de standardização e a não adopção das melhores metodologias. Por isso, propõem uma solução informática que permite gerir eficazmente projectos “de acordo com as melhores normas internacionais”, sublinha Pedro. Proposta de valor? Um preço mais competitivo.

Playsketch (Coimbra)
Pedro Santa e Luís Pereira, ambos engenheiros informáticos, têm emprego e ainda não decidiram que cargo poderiam atribuir a si próprios na nova empresa que estão a criar. Assumem-se para já apenas como co-fundadores de uma empresa que pretende resolver um problema das pessoas que têm imaginação para criarem os seus próprios jogos, como miúdos. São muito poucos os criativos que têm capacidade técnica para criarem um jogo e a Playsketch pensou numa solução que, a partir de um desenho no papel, usa tecnologia para transformar a ideia num jogo. O produto é, em resumo, uma aplicação móvel, que através de desenhos no papel permite a qualquer pessoa criar o seu jogo.

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