Doentes vão ter aplicação móvel para ver tempos de espera nos hospitais

Reino Unido tem lista de aplicações móveis fiáveis, mas em Portugal não há condições para fazer o mesmo.

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As soluções passam pelas novas tecnologias José Fernandes

A Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPSM) prepara-se para entrar no universo das aplicações móveis com uma app que vai permitir aos doentes visualizar os tempos de espera dos hospitais, adianta o presidente da empresa que gere as compras, logística e sistemas de informação do sector, Henrique Martins.

“Estamos prestes a libertar para o mercado uma app para os tempos de espera. Permitirá ao doente ver, no telemóvel, os tempos de espera no seu hospital, informação que será actualizada de cinco em cinco minutos”, descreve Henrique Martins, que prevê que a aplicação esteja disponível "no final de Setembro, princípio de Outubro".

A SPMS tem, em simultâneo, estado a organizar uma série de encontros de trabalho com médicos, associações de doentes, programadores, etc, para tentar perceber qual será a melhor forma de abordagem do vasto mundo das aplicações móveis em saúde que têm aparecido no mercado nacional e internacional.

“Precisamos de criar uma forma de filtrar o trigo do joio, mas temos que ter uma visão de como vamos abordar a matéria, não sendo punitivos ou dizendo esta app é boa, esta é menos boa”, explica. Os responsáveis pelo serviço nacional de saúde do Reino Unido criaram uma lista das aplicações ditas fiáveis, as "trusted apps", mas o presidente da SPMS reconhece não ter meios para elaborar uma lista do mesmo género em Portugal.

O que a SPMS se propôs fazer foi, assim, criar esta primeira app, “para perceber como é que isto funciona”, e organizar as referidas reuniões de trabalho. “Temos que mudar a nossa forma de olhar para estas matérias, para que as  tecnologias não nos passem ao lado mas façam parte da nossa matriz organizacional”, explica. “Mas não podemos controlar, não podemos formar as pessoas para escolherem bem. Este é um mundo em que só a auto-regulação pode vir a funcionar", admite.

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