Sonae Indústria reduz prejuízo em 48% para 20 milhões de euros

Empresa atingiu o break even ao nível dos resultados líquidos do segundo trimestre.

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Plano de reestrururação da Sonae Indústria, liderada por Rui Correia, começa a dar resultados.

A Sonae Indústria reduziu em 48% os prejuízos para 20 milhões de euros no primeiro semestre, valor que compara com 38 milhões de euros negativos no período homólogo, anunciou esta quarta-feira a empresa.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Sonae Indústria explica que o resultado líquido negativo do grupo, de 20 milhões de euros, resulta em grande parte do "impacto das operações descontinuadas que contribuíram com um prejuízo de 17 milhões de euros, que incluí a contabilização de um valor adicional de provisões no montante de 3,8 milhões de euros, relacionada com a alienação da subsidiária Darbo, que ocorreu a 3 de Julho de 2015".

Até Junho, a Sonae Indústria, do universo do empresário Belmiro de Azevedo (proprietário do PÚBLICO), manteve o volume de negócios nos 528 milhões de euros (529 milhões em 2014), uma subida de 16% do EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) recorrente, para 54 milhões de euros, e uma melhoria da margem EBITDA recorrente de 8,8% para 10,2%.

Esta evolução é justificada pelo "sucesso da estratégia implementada", numa referência ao processo de reestruturação concluído no semestre, com a venda das unidades de França e de Betanzos, em Espanha, e que visou a "optimização da presença industrial da Sonae Indústria".

A "significativa" melhoria operacional daí resultante conduziu, segundo a empresa, ao atingir no segundo trimestre de 2015 do break even ao nível do resultado líquido das operações continuadas, o que compara com os seis milhões de euros negativos registados no trimestre homólogo de 2014.

Até Junho, em termos homólogos, a Sonae Indústria reduziu a dívida líquida em 90 milhões de euros e diminuiu os custos fixos totais em cerca de três milhões de euros (excluindo a contribuição das operações descontinuadas).

Já os custos variáveis unitários por metro cúbico melhoraram 1,4%, sobretudo devido à melhoria nos custos médios dos químicos.

Da operação do primeiro semestre a empresa destaca ainda a manutenção da melhoria do índice médio de utilização de capacidade das suas unidades industriais, para cerca de 80%, sendo que, entre o primeiro e o segundo trimestre, a evolução foi de mais 2,7 pontos percentuais, para 81,6%.

"Os resultados reflectem a execução planeada de optimização da presença industrial da Sonae Indústria, abrindo novas perspectivas de desenvolvimento futuro. Estas expectativas são reforçadas pela redução da dívida líquida, descida do custo da dívida e melhoria do perfil de maturidade resultante do refinanciamento", lê-se no comunicado enviado à CMVM.

Relativamente ao investimento, a empresa destaca o reforço na inovação e os sete milhões de euros aplicados até Junho nas suas unidades "mais eficientes".

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